Digital Favela quer aproximar marcas das comunidades
Plataforma online reúne comunicadores e é liderada pela agência Peppery e pela Favela Holding, que envolve 20 empresas de empreendedorismo
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Teresa Levin
24 de junho de 2020 - 15h29
A Favela Holding e a agência Peppery lançaram a Digital Favela, plataforma que reúne microinfluenciadores das comunidades. Com ela, a ideia é oferecer um caminho para automatizar, segmentar e distribuir campanhas em redes sociais como Instagram e YouTube. O projeto tem como foco marcas interessadas em ampliar a comunicação com a população de comunidades de diversas cidades brasileiras. PicPay, Facebook e Uber são as primeiras a aderirem à iniciativa.
Por meio da plataforma, um morador de uma comunidade que tenha mais de mil seguidores nas redes sociais — com um perfil comercial ou que atue como criador de conteúdo — pode fazer um cadastro para, a partir daí, integrar o quadro de influenciadores que servirá como base de consulta para as empresas. A partir do interesse das marcas, a Peppery idealiza o projeto com expertise estratégica de comunicação e os dados necessários para o lançamento e sustentação das campanhas. Especializada em marketing de influência, a Squid também é parceira da iniciativa e é responsável por absorver o briefing elaborado pelo cliente e auxiliar na identificação dos perfis ideais para cada ação.
Entre as marcas que já participam do projeto, o PicPay irá contratar influenciadores do Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, por meio da Digital Favela. Já o Facebook contará com a plataforma para fomentar seu programa de empreendedorismo, apoiando o pequeno negócio local. Por sua vez, a Uber prevê ações para o segundo semestre com microinfluenciadores do Morro do Alemão, Rocinha, Paraisópolis, Heliópolis e Sol Nascente.
“Favelas são mananciais da economia criativa, berço de empreendedores natos. O nosso foco é encontrar parceiros que estejam dispostos a trabalhar conosco como iguais, para que as favelas alcancem seu potencial de oportunidades, inserção profissional e acesso ao mercado de trabalho mesmo na pandemia”, disse Guilherme Pierri, CEO da Peppery, em um comunicado. Já Celso Athayde, ceo da Favela Holding e da Digital Favela, lembra que, apesar de falarem para muitos lares, macroinfluenciadores não são referência nestes territórios. “É incomparável a força de uma mãe de família postando para outras mães de família dentro de uma favela. Esse post tem autoridade, legitimidade e, claro, credibilidade”, detalha. A Favela Holding reúne mais de 20 empresas de empreendedorismo e tem como braço social a Central Única das Favelas (Cufa).
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