E-commerce crescerá 15% em 2019, aponta Ebit Nielsen
Categorias como cosméticos e moda devem puxar o faturamento deste ano, estimado em R$ 61,2 bilhões
E-commerce crescerá 15% em 2019, aponta Ebit Nielsen
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Amanda Schnaider
21 de fevereiro de 2019 - 17h34
A Ebit|Nielsen, empresa de mensuração e análise de dados, divulgou a previsão de crescimento do faturamento de e-commerce para 2019 e o balanço de 2018 no Brasil. Segundo a companhia, a previsão para este ano é que o faturamento do setor cresça 15%, com vendas totais de R$ 61,2 bilhões. Além disso, os pedidos devem apresentar um aumento de 12%, chegando a 137 milhões, e o valor médio das compras deve ser de R$447, alta de 3%.
De acordo com Ana Szasz, líder comercial da Ebit|Nielsen, alguns fatores devem contribuir para o crescimento do faturamento deste ano, como o aumento do número de e-consumidores, as vendas de produtos de giro alto (bens não duráveis, como cosméticos e perfumaria), a melhora da tecnologia dos sites e aplicativos de e-commerce e a gestão integrada dos estoques. “Em resumo, por esses aspectos, não vemos uma euforia de recuperação da economia, mas sim vemos um maior interesse pelo online. Mesmo que a recuperação ainda seja tímida, o online deve crescer”, afirma Ana.
Segundo a análise da Ebit|Nielsen, comércio eletrônico brasileiro manteve a curva de crescimento em 2018. O faturamento do setor teve um alta de 12% em relação a 2017, com vendas totais de R$ 53,2 bilhões. Foram 123 milhões de pedidos realizados, 10% a mais do que no ano anterior e o valor médio das compras foi de R$ 434, alta de 1%. Com isso, o faturamento do ano passado ficou dentro do previsto pelo relatório Webshoppers 38º, divulgado em agosto de 2018, no qual a expectativa era de R$53,4 bilhões de faturamento, 120 milhões de pedidos e R$445 de tíquete médio. A próxima edição do documento será apresentada em março.Fatores de crescimento
As categorias de cosméticos e perfumaria e moda foram as duas que mais cresceram em número de pedidos e as que estão trazendo novos consumidores para as plataformas de compra online, segundo a pesquisa. Para Ana, isso se deve porque esses produtos têm desembolsos menores, o que faz com que os usuários experimentem a compra eletrônica, além de apresentarem mais promoções. “Assim, as pessoas que são impactadas por promoções e propagandas online conseguem adquirir o produto imediatamente, sem precisar esperar que chegue em alguma loja física mais próxima”, explica a líder comercial.
A alta registrada do ano passado é também resultado da entrada de novos players, fusões e aquisições e a consolidação do modelo de marketplace. “Alguns dos principais varejistas reportaram crescimento acima da média e ganhos de participação, mas é importante lembrar que a cauda do e-commerce é verdadeiramente muito longa e a importância do marketplace para consolidar as vendas dos pequenos e médios players, dando sustentação a toda a cadeia”, afirma.
Apesar do crescimento em 2018, Ana comenta que a greve dos caminhoneiros e a instabilidade do período pré-eleitoral acabaram prejudicando as vendas, fazendo com que o segundo e o terceiro trimestres ficassem abaixo do previsto. Porém, a profissional avalia que isso foi superado com as vendas de início de ano e com a melhor Black Friday da história (confira gráfico ao lado). De acordo com a líder comercial, a Black Friday do ano passado foi a melhor de todas por conta de alguns fatores, como os descontos significativos que compensavam a compra, preparação melhor e investimento dos sites de compra online, maior estoque de produtos direcionados ao evento e maior ação do boca-a-boca.
**Crédito da imagem no topo: PhotoMIX Ltd/Pexels
*Atualizada às 18h09: Inserção do gráfico
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