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Economia colaborativa impacta consumo

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Economia colaborativa impacta consumo

Estudo da Officina Sophia Retail indica que 56% das pessoas já ouviram falar em consumo consciente e conhecem aplicativos que promovem esse movimento


31 de janeiro de 2019 - 7h07

“Mais do que consumir menos, é preciso saber como consumir”, afirma Valéria Rodrigues, diretora da empresa de pesquisa sobre varejo e comportamento de compra Officina Sophia Retail. Responsável por gerar atividades sustentáveis e econômicas, o processo de contato consciente com mercadorias e serviços preocupa-se com toda cadeira produtiva, o que, segundo a profissional, inclui origem, otimização de recursos e descarte. Foi esse tipo de consumo que, além de trazer hábitos sustentáveis e econômicos à vida das pessoas, fez surgir no mercado opções como plataformas digitais de transporte, aluguel e compra e venda de produtos. Como prova, está o fato de que 56% dos indivíduos brasileiros já terem ouvido falar em economia colaborativa e consumo consciente, bem como conhecem aplicativos que promovem esse movimento.

 

Maioria dos respontes do estudo “A economia colaborativa e os impactos no consumo” (63%), da Officina Sophia Retail, consideram empresas de economia colaborativa mais inovadoras (crédito: RawPixel/Pexels)

Os dados são do estudo “A economia colaborativa e os impactos no consumo”, realizado pela empresa de pesquisa da holding HSR Specialist Researchers. “O que motivou investigar a economia colaborativa foi o fato de que o consumo consciente deixou de ser apenas discurso para estar cada vez mais presente na rotina das pessoas no mundo e, claro, no Brasil”, conta Valéria. O estudo, realizado entre setembro e outubro de 2018, baseia-se em entrevista com 1.670 pessoas, com idades de 18 a 24 anos e das classes A, B e C. Entre os respondentes, Rodrigo dos Reis, CEO da Zeitgeist e especialista em tendências, Ricardo Pastore, professor da ESPM e especialista em varejo, e Ana Lavaquial, consultora de economia colaborativa e inovação, foram ouvidos com mais profundidade.

De acordo com a pesquisa, 63% consideram que as empresas baseadas na economia colaborativa são mais inovadoras que as demais. Isso acontece, aos olhos da diretora da Officina Sophia Retail, por conta do uso de plataformas tecnológicas para apoiar seus modelos de negócios, “o que as tornam digitais por natureza e conectadas em todos os sentidos, desde a comunicação até a oferta dos seus serviços”.

Como reflexo da busca de um estilo de vida mais consciente e sustentável, além de surgirem empresas voltadas à economia colaborativa, as pessoas tomaram maior conhecimento sobre essas companhias. A maioria dos respondentes usa ou conhece aplicativos de transportes (97%), de serviços de aluguel de casas por temporada (92%), de aluguel de bicicletas (89%), de compra e venda de produtos (88%) e de carona (88%). Para Valéria, o que vem dando destaque a essas plataformas é o uso de “bases da economia disruptiva e de alternativas mais flexíveis e sustentáveis”. A partir do momento em que compartilham e geram condições mais inclusivas, os aplicativos, de acordo com a executiva, trazem benefício econômico para os usuários e se tornam importantes fontes de renda para famílias.

A pesquisa traça, ainda, perfis de pessoas em relação ao consumo. O primeiro deles é “O consciente”, que representa 48% dos entrevistados e que enquadra aqueles que acreditam que a economia colaborativa constrói comunidades fortes. “Essas pessoas fazem questão de participar de tudo com relação ao consumo consciente”, aponta Valéria. Já “O prático”, que reúne 31% da amostra, consiste no grupo de pessoas que enxerga a economia colaborativa como uma forma de vida mais econômica. Já “O distante”, que se refere a 21% dos respondentes, é aquele que entende o cenário como algo muito novo e que precisa de mais informações.

A diretora da Officina Sophia Retail entende que há uma tendência de crescimento na consciência coletiva. “Onde andamos, somos bombardeados, no bom sentido, por informações. Ficar alheio a tudo isso é quase impossível. O próprio surgimento de novas alternativas que nos ajudam a usar melhor os benefícios da economia colaborativa, as novas gerações, que já estão totalmente integradas a esse universo, entre outros, são fatores que nos fazem acreditar que nossas atitudes mudarão essa consciência”, analisa.

Veja mais dados da pesquisa “A economia colaborativa e os impactos no consumo”:

*”Economia colaborativa acontece na prático” refere-se a porcentagem de pessoas que usa ou conhece determinada plataforma

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