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Em queda, telefonia fixa sai da comunicação das operadoras

Para compensar as quedas, operadoras investem na comunicação dos serviços de fibra ótica e em combos de banda larga e dados móveis


16 de dezembro de 2019 - 15h32

A quantidade de brasileiros que possuem uma linha de telefone fixo em suas residências vem diminuindo a cada ano. De acordo com dados mais recentes da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a quantidade de linhas fixas em operação no Brasil era de 34,4 milhões em outubro deste ano.

Há cinco anos – em 2014 – o País tinha cerca de 10 milhões de linhas fixas a mais em operação. Eram 44,3 milhões em outubro de 2014, segundo dados da Anatel. A expansão da telefonia móvel, aliada à maior difusão da internet banda larga e, também, à mudança no comportamento dos consumidores são as razões que explicam a queda gradual de um segmento que, na visão das próprias operadoras, não tem expectativa de retomada.

Baixa demanda pelo serviço de telefonia fixa faz a Oi focar na divulgação dos combos com planos de internet banda larga (Crédito: Reprodução)

“É possível que a tendência de queda do mercado de telefonia fixa se mantenha ou até mesmo acelere. Isso acontece devido aos investimentos da companhia no seu crescimento no segmento de telefonia móvel com ofertas com minutos de voz ilimitados com foco no pós e no controle e, principalmente, pelo aumento do volume de dados disponibilizados nas ofertas da operadora, o que proporciona uma substituição do tráfego de voz por VoIP”, diz a Oi, via assessoria de comunicação.

Segunda colocada entre as operadoras com maior quantidade de linhas fixas (a Oi é detentora de 31% de share), a Oi não reserva investimentos de marketing para promover os serviços de telefonia fixa. “A Oi não tem sua estratégia de comunicação focada na telefonia fixa devido à pouca demanda e atratividade do serviço”, assume a companhia. No lugar, a operadora investe em ações publicitárias e campanhas para promover seu serviço de telefonia móvel pós-pago e controle e o Oi Fibra, serviço de internet via fibra ótica que vem demandando boa parte das verbas de comunicação da operadora. “A estratégia da companhia é continuar investindo para massificação e liderança da Oi em infraestrutura de fibra ótica mantendo para 2020 os investimentos de R$ 7 bi, aplicados em 2019”, diz a marca.

Campanha que divulga o serviço de banda larga da Vivo, com fibra ótica: negócios compensam a diminuição dos serviços tradicionais de telefonia fixa (Crédito: Reprodução)

Operadora líder em quantidade de linhas fixas no Brasil, a Vivo (detentora de 32,3% do mercado) também adotou a estratégia de promover seus serviços de fibra para ampliar a infraestrutura de banda larga, mas sem focar especificamente no segmento de telefonia fixa em sua comunicação. De acordo com a operadora, o serviço mais procurado pela população é o acesso à internet e é nesse segmento que é focada a maior parte dos investimentos. “A demanda da população é por internet e a Vivo é a única empresa da América Latina a investir fortemente em um projeto de fibra. A Vivo direciona seus investimentos na expansão das melhores tecnologias das redes móvel e fixa”, comenta Dante Campagno, diretor de marketing da Vivo.

O profissional explica que, nos últimos anos, a operadora começou a acelerar a expansão da fibra que, atualmente, está presente em 160 municípios do País. “Esse crescimento em fibra compensa parcialmente a queda nos acessos e nas receitas dos serviços mais maduros, como DTH, para TV por assinatura, e voz fixa, que vem perdendo demanda ao longo dos anos. A empresa segue comercializando telefonia fixa para todos os clientes que assim desejarem”, complementa Dante.

Depois de Vivo e Oi, a Claro (Net e Embratel) aparece na terceira colocação entre as operadoras de telefonia fixa do País, com market share de 28,8%. Na sequência está a Algar (com 3,6% do mercado) e a TIM, com 3% de share.

 

 

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