Expo Favela expande formato e promove feiras regionais
Primeira edição local ocorre em São Paulo em março e a versão nacional está marcada para o mês de dezembro
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Caio Fulgêncio
8 de fevereiro de 2023 - 6h00
No segundo ano de existência, a Expo Favela – feira de negócios que une empreendedores da periferia e investidores do asfalto – expande o formato. Sendo assim, a partir de 2023, o evento, organizado pela Favela Holding e com apoio da Central Única de Favelas (Cufa), passa a contar, além da versão nacional, com edições regionais.
O primeiro encontro regional será o da cidade de São Paulo, marcado para os dias 17, 18 e 19 de março, no World Trade Center. Dentre outras coisas, a programação inclui palestras, workshops, exposições, rodadas de negócios e apresentações de startups.
Celso Athayde, CEO da Favela Holding, explica que a ampliação do evento foi uma resposta à alta demanda de participantes da primeira edição da feira. Em 2022, a organização contabilizou a participação de mais de 30 mil pessoas.
“Essa decisão de desenvolver um processo regional foi tomada para que possamos levar esse canhão de oportunidades para o País inteiro. O propósito é, cada dia mais, fomentar e desenvolver os empreendedores da parte mais baixa da pirâmide, para que eles entendam que têm valor”, explica.
Na prática, os estados interessados em promover suas respectivas feiras têm de 17 de março até 31 de agosto. Em seguida, mediante curadoria especializada, as melhores ideias e negócios serão selecionados para participar da Expo Favela Nacional, marcada para 1, 2 e 3 de dezembro.
Segundo Athayde, até o momento, 22 estados demonstraram interesse em promover os eventos, incluindo Rio de Janeiro e Bahia. Além da Cufa, essas versões locais contam com o apoio de instituições como a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Sebrae.
Entre as marcas, a Expo Favela de São Paulo tem o patrocínio de Vai Voando, Instituto C&A, Ifood, Ambev, Grupo Carrefour Brasil. Athayde ressalta que, neste ano, a organização decidiu não permitir o monopólio de marcas, com o incentivo de companhias do mesmo segmento.
“Resolvemos não permitir o conflito de marcas e, sim, a harmonia entre elas. Sendo assim, a ideia é que consigamos fazer com que as marcas entendam que, se vários bancos estiverem conosco, serão várias oportunidades de negócios”, complementa.
Do ponto de vista de investimentos, o CEO da Favela Holding considera que as marcas começam a modificar a visão em relação ao potencial lucrativo dos empreendimentos das favelas. “Assim, retira-se aquele estereótipo de que nesses territórios não existem startups ou que os empreendedores não sabem o que é isso”, finaliza.
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