Fiat Chrysler oferece fusão ao Grupo Renault
Juntas, montadoras formariam terceira maior operação automobilística do mundo e seriam líderes na América Latina
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Salvador Strano
27 de maio de 2019 - 11h31
A Fiat Chrysler Automobiles (FCA) enviou nesta segunda-feira, 27, ao conselho da Renault uma proposta de fusão entre as duas empresas. Caso se concretize, o resultado seria a terceira maior montadora do mundo, e a primeira na América Latina. A junção ainda precisa ser aceita pela Renault e aprovada pelos órgãos antitruste dos países em que atuam.
Ao somar o volume de venda dos dois grupos, a nova empresa contabilizaria um total de 8,7 milhões de veículos comercializados, segundo dados de 2018. Juntas, operariam com uma receita estimada de 170 bilhões de euros. O interesse, entretanto, não é unicamente a partir do volume de vendas. Segundo comunicado da FCA, a união seria responsável por agregar as inovações em veículos autônomos da Fiat Chrysler com as de carros elétricos da Renault, que é líder do segmento na Europa.
Apesar de a fusão não contemplar as outras duas montadoras da Aliança – grupo formado por Renault, Mitsubishi e Nissan – a FCA manifesta interesse em uma fusão futura.
Nos termos propostos pela FCA, uma holding holandesa seria a responsável pela administração do grupo, com conselheiros independentes indicados pelos acionistas das duas empresas. Esse fundo seria listado nas bolsas de Nova York, Milão e Paris.
“Os benefícios da transação proposta não são predicados do fechamento de fábricas, mas seriam atingidos através de mais eficiência do capital investido em plataformas globais de veículos comuns”, afirma o comunicado da FCA.
Já a Renault, por meio de nota, afirmou que “após rever atentamente os termos desta proposta amigável, o Conselho de Administração da Renault decidiu estudar com interesse a oportunidade de uma aproximação, para fortalecer a presença industrial do Grupo Renault e gerar valor adicional para a Aliança”.
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