Folia ou descanso: como os brasileiros aproveitarão o Carnaval em 2025?

Larissa Santiago
25 de fevereiro de 2025 - 11h35

Google lança pesquisa inédita sobre os tipos de perfis de público no Carnaval (Crédito: Vinicius Tupinamba/Shutterstock)

O Google realizou uma pesquisa para entender o comportamento dos brasileiros no Carnaval. O levantamento revelou que, além da folia tradicional, o público tem aproveitado a data para diferentes finalidades, categorizadas em três grupos: busca por atividades que reforcem a conexão com a família e amigos, momentos de espiritualização e autocuidado, e, por fim, celebrações.

Segundo dados internos, as buscas por Carnaval demonstram um cenário similar ao de 2019, antes da Covid-19, com início do crescimento na segunda semana de janeiro.

Quem vai curtir o Carnaval?

De acordo com a pesquisa, a imagem clássica do Carnaval se mantém forte, com metade dos respondentes optando pela folia em bloquinhos de rua ou festas com amigos e familiares: 12% dos pesquisados apostando em atividades como essas.

Para 32%, o feriado se torna um momento de diversão sem aglomerações, com reforço de conexão com amigos e familiares, seja em viagens (17%) ou em “resenhas” caseiras (19%). Atividades como jogos, churrascos e festas em casa ganham destaque.

Um número significativo de brasileiros também aproveita o feriado também para refletir (52%), descansar (46%), se reconectar consigo mesmos e com suas famílias, priorizando atividades como retiros espirituais, meditação e autocuidado (9%).

Estratégia para cada público

A pesquisa destaca a importância de as marcas compreenderem a jornada do público em cada território, adaptando suas estratégias e mensagens para cada grupo.

“O Carnaval no Brasil é uma festa plural, com diferentes formas de celebração. Ao entenderem os ‘territórios’ do Carnaval e a jornada do folião, as marcas podem criar campanhas mais eficazes, construir conexões genuínas com seus consumidores e aproveitar o potencial de engajamento que a data oferece”, destaca Gustavo Souza, diretor de soluções e produtos publicitários do Google Brasil.

“Temos estudos que mostram que a contextualização da mensagem de marca gera um resultado até 30% melhor. Além disso, a apropriação de códigos positivos fortalece a conexão do consumidor com a marca. Esses códigos costumam ser associados a meios tradicionais, que se relacionam com as pessoas que irão celebrar na rua”, pontuou Souza.

relacionado

Entre samba e glamour: as ações das marcas de beleza no Carnaval 

“O mercado trabalha muito com patrocínios de eventos, ativações nas ruas e mensagens relacionadas a esse hábito. No entanto, essa pesquisa mostrou que há um universo gigante de consumidores, aproximadamente 3/4 das pessoas, que vão viver um Carnaval diferente, mais reservado para descansar ou com conexões mais íntimas no ambiente domiciliar”, continuou.

“Isso abre espaço para estratégias totalmente diferentes, que podem explorar mais os meios digitais. Por exemplo, é possível criar estratégias que falem de festa na rua, utilizando a conexão interna ou que impactem o consumidor enquanto ele está em casa, se conectando com a marca por meio desse código. Vemos um grande potencial para orquestrar campanhas de forma mais estratégica e contextualizada, principalmente para esse universo que não está diretamente ligado à festa, mas que poucas marcas exploram como um código”, completou.

O estudo também compartilhou insights de como as marcas podem aproveitar o Carnaval:

• Destacando o pré-Carnaval, há um grande potencial de engajamento para marcas que auxiliam nesse planejamento intenso, como na organização de fantasias, aplicativos de organização, finanças, mapas e rotas de blocos, além de produtos voltados para saúde e bem-estar;
• Para quem gosta de fugir de espaços lotados e prefere um feriado mais caseiro, a oportunidade é maior para quem oferece produtos e serviços para entretenimento em grupo, como plataformas de streaming, jogos online e delivery de alimentos e
• Aqueles que buscam um momento de conexão e introspecção, são território potencial para marcas de autoajuda, alimentação saudável, skincare e bem-estar mental, que podem oferecer produtos e serviços que promovam o relaxamento e a introspecção.

*A pesquisa qualitativa foi respondida por 1.200 pessoas em janeiro deste ano. A pergunta principal, com opção de múltiplas escolhas, foi: “Pensando no Carnaval, qual das atividades abaixo você planeja realizar?”