GM investe em Lyft na batalha contra Uber
Montadora vai alugar carros para aplicativo de caronas norte-americano
Montadora vai alugar carros para aplicativo de caronas norte-americano
Meio & Mensagem
5 de janeiro de 2016 - 9h00
(*) Do Advertising Age
A General Motors investirá US$ 500 milhões na Lyft, dando a startup de caronas pagas uma valorização de US$ 5,5 bilhões e um importante aliado na luta global contra o Uber.
O investimento, parte de um financiamento de US$ 1 bilhão para a Lyft, é a maior iniciativa de uma montadora ao se tratar de abraçar a ascensão meteórica da indústria de aplicativos de caronas.
A GM e a Lyft disseram que trabalharão juntas para desenvolver uma rede de carros automáticos sem motoristas que podem ser chamados pelos passageiros, uma visão do futuro compartilhada pelo diretor executivo do Uber Travis Kalanick e pela holding do Google, Alphabet. Mais imediatamente, a maior montadora da América oferecerá aos motoristas da Lyft veículos para aluguel de curto prazo em vários hubs de cidades norte-americanas.
O presidente da GM Dan Ammann, que está se unindo ao conselho da Lyft como parte do acordo, espera que a indústria automotiva "mude mais nos próximos cinco anos do que nos últimos 50 e nós obviamente queremos ter certeza de que estamos na liderança dessa mudança".
Ammann chamou o investimento de uma "aliança" com a Lyft. Ao invés de ficar neutra na batalha entre Uber e Lyft, a GM investiu por causa do "nível de integração e cooperação que serão necessários, particularmente para a natureza de longo prazo disso", disse em entrevista por telefone.
Kalanick, do Uber, cuja companhia tem investido agressivamente em carros inteligentes sem motoristas, disse que pode demorar entre 5 e 15 anos antes de que tais veículos sejam significativamente implantados em todo o país. A GM está aberta para trabalhar com alguns dos parceiros internacionais da Lyft, que incluem Didi Kuaidi, na China; Ola, na Índia; e GrabTaxi, no sudeste da Ásia.
"Nós certamente vemos uma oportunidade para trabalhar juntos através dessas relações. Os Estados Unidos são nosso mercado interno e continuam a ser nosso maior mercado e acreditamos que este é o lugar certo para começar a jornada", afirma Ammann.
A parceria é um golpe para o Uber, que tem lutado para superar a Lyft, seu único concorrente substancial nos Estados Unidos. A Sidecar, outro rival americano, anunciou em dezembro que fecharia sua rede.
O Uber arrecadou mais de US$ 10 bilhões em financiamento e está investindo agressivamente para crescer. Sua última rodada de financiamento avaliou a empresa em US$ 62,5 bilhões.
A Ford está experimentando suas próprias iniciativas de caronas: no ano passado, a companhia começou a oferecer uma rede de carros compartilhados em Londres para explorar o crescente mercado de condução sob demanda. A Fontinalis Partners, a firma financiada pelo herdeiro da família Ford, Bill Ford, já havia investido na Lyft.
A última rodada de financiamento da Lyft quase duplicou o financiamento total dos três anos da startup. Desde 2013, a Lyft arrecadou mais de US$ 2 bilhões, disse a empresa. A Bloomberg divulgou anteriormente que a Lyft tinha proposto arrecadar US$ 1 bilhão como parte desta rodada de financiamento. Sua última avaliação de US$ 5,5 bilhões é pós-dinheiro, o que inclui o valor de US$ 1 bilhão mais recente.
A companhia Kingdom Holding do príncipe bilionário da Arábia Saudita Alwaleed Bin Talal investiu US$ 100 milhões como parte da rodada e os investidores Janus Capital Management, Rakuten, Didi Kuaidi e Alibaba Group Holding também participaram, de acordo com o comunicado.
A Lyft teve perdas de US$ 127 milhões no primeiro semestre de 2015 de acordo com documentos de arrecadação de fundos obtidos pela Bloomberg. A empresa disse que em novembro ganhou participação em mercados-chaves como São Francisco e tem uma receita bruta de US$ 1 bilhão. A Lyft disse estar operando em mais de 190 cidades.
Tradução: Amanda Boucault
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