Grupo CCR mudará nome para Motiva
Assembleia Geral de Acionistas para alterar razão social será dia 23 de abril; nova marca e identidade visual foram desenvolvidos pela FutureBrand
Assembleia Geral de Acionistas para alterar razão social será dia 23 de abril; nova marca e identidade visual foram desenvolvidos pela FutureBrand
Fernando Murad
21 de março de 2025 - 7h30
Aplicações da marca Motiva, novo nome do Grupo CCR (crédito: divulgação)
Uma das principais empresas de infraestrutura de mobilidade do Brasil, o Grupo CCR está em processo de mudança de nome. Na quarta-feira, 23 de abril, a empresa deliberará, em Assembleia Geral de Acionistas, a intenção de alterar sua razão social. A partir de quinta-feira, 24 de abril, adotará o nome Motiva e a identidade visual, criada em parceria com a FutureBrand.
A mudança é um desdobramento do processo de transformação organizacional iniciado pela empresa em 2023, que abrange transformações na estratégia de negócios, na organização e na cultura da companhia. Na ocasião, o português Miguel Setas assumiu a posição de CEO do grupo.
“CCR significa, na sua origem, Companhia de Concessões Rodoviárias, mas tem aeroportos, metrôs, VLT, no Rio de Janeiro, e trens, aqui em São Paulo. Temos muito mais modais de transporte. Portanto, o escopo da CCR se ampliou e o significado da marca já não estava mais adequado à realidade atual dos negócios ”, explica Setas. O grupo completou 25 anos de operação no ano passado.
A transição de marca começará na sequência da assembleia. A partir do dia 25, os primeiros escritórios do centro corporativo e das plataformas de negócio começarão a implementar a identidade visual. Já no mês de maio, a companhia estreará o novo ticker na B3.
No mesmo mês, as concessões rodoviárias da CCR RioSP e da Autoban passarão pelo rebranding. A transformação será progressiva nas demais concessões até 2026.
A primeira campanha, com veiculação de filme, ocorrerá no final de abril. A empresa está em fase final de concorrência. Cinco agências enviaram propostas de campanhas. As participantes não sabiam do novo nome e trabalharam com a marca fantasia “Move”. O lançamento da Motiva está recebendo investimentos da ordem de R$ 4 milhões. O trabalho de rebranding levou nove meses.
A palavra Motiva tem origem no latim “motivus”, que significa “aquilo que move” ou “o que causa movimento”. No sentido literal, está ligada à ideia de ação ou impulso que leva algo a se movimentar ou a ocorrer. Já no sentido figurado, está associada ao estímulo ou à inspiração para que um movimento aconteça — o que é também uma linha de comunicação para engajar os colaboradores.
Uma atenção na escolha foi que a palavra soasse bem em português e fosse foneticamente compreendida em inglês e outras línguas, já que 80% dos investidores da empresa são internacionais.
Na identidade visual, sai o cinza e o vermelho bordô do Grupo CCR para a entrada do anil, no espectro cromático entre o azul e o violeta. A cor também foi escolhida para distinguir a empresa das concorrentes do setor. Já o símbolo, que era formado por um círculo com duas linhas curvas entrelaçadas, foi substituído por um logo constituído por três ondas que têm a proposta de remeter à fluidez e ao movimento.
“Buscamos um jeito mais inspirador para não apenas ser diferente dos outros, mas para conectar melhor com as pessoas, na lógica de uma marca à prova de futuro. A marca está conectada com o propósito e a experiência da empresa, que é melhorar a vida das pessoas através da mobilidade”, explica André Matias, diretor e sócio da FutureBrand.
O processo de transformação organizacional do Grupo CCR é baseado no Plano de Aceleração de Valor (PAV), iniciativa constituída por 26 frentes de trabalho. Um desdobramento do PAV é o projeto Ambição 2035, que estabelece uma série de metas financeiras, operacionais e sustentabilidade de longo prazo para materializar a sua nova visão e propósito.
Paralelamente, o conglomerado está implementado seu maior programa de investimentos no País, com aportes que superam R$ 50 bilhões em suas unidades de negócio.
A empresa está presente em 13 estados brasileiros e três países da América Latina — Equador, Curaçao e Costa Rica, onde atua com aeroportos.
Em suas concessões rodoviárias circulam em torno de 2,5 milhões de veículos diariamente no Brasil. Em mobilidade urbana, transporta três milhões de passageiros por dia em São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador.
Em Aeroportos, seus terminais recebem mais de 200 linhas regulares e embarcam mais de 43 milhões de passageiros por ano.
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