Identidade visual: importância para as empresas e quando transformá-la
Construção ou rebranding devem considerar alguns fatores importantes para garantir uma expressão alinhada aos valores e ao momento da empresa
Identidade visual: importância para as empresas e quando transformá-la
BuscarIdentidade visual: importância para as empresas e quando transformá-la
BuscarConstrução ou rebranding devem considerar alguns fatores importantes para garantir uma expressão alinhada aos valores e ao momento da empresa
Meio & Mensagem
12 de julho de 2023 - 17h00
No marketing, a identidade visual é um dos elementos que influenciam a decisão de compra e transmitem a personalidade da empresa ao consumidor.
A partir disso, o conceito ajuda a construir a autoridade da marca no mercado, assim como estabelecer uma conexão com o público-alvo e diferenciar o negócio entre a concorrência.
Por meio de cores, fontes e formas, a empresa pode traduzir seu propósito aos consumidores e, com isso, garantir o reconhecimento da marca.
Essa identidade pode se transformar ao longo do tempo, acompanhando a evolução da organização, do público e do mercado.
No entanto, a construção ou o rebranding devem considerar alguns fatores para garantir uma expressão alinhada aos valores e ao momento da empresa.
Identidade visual é um conceito que engloba um conjunto de elementos gráficos com o objetivo de transmitir alguma mensagem, como a personalidade de uma marca, por exemplo.
Essa é uma ferramenta conhecida do marketing, mas vale contextualizar para relembrar a definição e a importância de uma identidade alinhada ao perfil da empresa.
A identidade é capaz de ativar emoções, gerar conexão com o consumidor e fazê-lo reconhecer uma marca em qualquer lugar. Um exemplo é a Nike, conhecida pelo “swoosh”, seu logotipo.
Assim como a identidade visual, os conceitos de marca e branding também transmitem uma mensagem e tem a função de representar a empresa. Os três elementos atuam de forma complementar, mas têm definições diferentes.
Entenda o que define marca e branding a seguir.
O termo marca pode ser utilizado para descrever diferentes contextos, como se referir a uma empresa, por exemplo.
No entanto, quando se trata de design, a palavra marca se refere ao logotipo de uma companhia. Ou seja, é a representação visual da empresa, criada com o objetivo de mostrar ao público quem ela é.
A partir desse logo, a organização também pode demonstrar como deseja se posicionar no mercado.
O conceito de branding, por sua vez, se refere à estratégia de gestão da marca. Por isso, envolve todas as ações direcionadas para o posicionamento da empresa, como ela deseja se mostrar e como ela interage com os consumidores.
Nessa estratégia, o objetivo é construir uma visão positiva da marca para os clientes. Para isso, o branding tem como base os valores e a personalidade da empresa, buscando gerenciar sua reputação no mercado.
Além dos efeitos visuais, o branding também pode trazer sons e cheiros como elementos para identificação da marca.
O cheiro da Melissa é um exemplo disso, assim como o ronco característico dos motores da Harley-Davidson.
Existem diversos elementos que compõem a identidade de uma marca, um conjunto de aspectos estrategicamente pensados para que a empresa seja reconhecida e lembrada pelos consumidores.
Para isso, essas características que remetem a marca são incluídas em banners, posts nas redes sociais, embalagens e outras peças de divulgação, com o intuito de estabelecer essa conexão.
Os principais elementos de uma identidade são:
O nome da marca é como ela se comunica e identifica verbalmente. Esse elemento pode comunicar os valores e objetivos da empresa, bem como ajudar a fortalecer sua credibilidade no mercado.
A logomarca e a tipografia são dois elementos complementares na identidade visual da empresa, responsáveis por representar a personalidade da marca.
O objetivo da logo é promover a fácil identificação da marca pelos consumidores, além de ser atrativa para o público. Além do swoosh da Nike, outro exemplo de logo reconhecida em qualquer lugar é o “M” do McDonald’s.
A tipografia é o estilo das letras que compõem o nome da marca, bem como os textos publicados em seus materiais de divulgação.
Ela funciona como uma extensão da identidade expressa na logo, contribuindo para criar esse senso de reconhecimento.
O slogan é uma frase de efeito, curta e fácil de lembrar, que tem como objetivo resumir o propósito da marca.
Apesar de não ser um item utilizado por todas as empresas, é uma opção de complemento que pode contribuir para a identificação do público.
A Nike e o McDonald’s podem exemplificar esse elemento também. A primeira com seu slogan “Just do it” e o fast food com o conhecido “Amo muito tudo isso”.
As cores também têm a função de representar a personalidade da marca, mas podem ir além e despertar diferentes sensações nos consumidores, o que tende a contribuir para gerar uma conexão entre público e empresa.
Esse processo é explicado pela psicologia das cores, que esclarece o efeito das diferentes tonalidades no cérebro.
O vermelho, por exemplo, é um tom frequente em redes de fast food, pois cria um senso de urgência e chama a atenção dos clientes.
Já o azul tende a despertar uma sensação de tranquilidade e limpeza, por isso é comum em empresas da área de saúde.
Construir uma identidade pode trazer diversos benefícios para uma empresa, que vão além do reconhecimento do público.
Ela é a primeira impressão que o consumidor tem da marca e pode gerar uma conexão ou uma imagem negativa já no primeiro contato, o que pode prejudicar a reputação da empresa no mercado.
Nesse contexto, a identidade pode causar impactos positivos ou negativos no negócio como um todo. Confira alguns dos principais benefícios de uma identidade bem construída.
Ao transmitir uma mensagem, os elementos da identidade são capazes de impactar positivamente o consumidor ao estabelecer uma sensação de confiança, profissionalismo e comprometimento da marca.
Essa imagem pode aumentar a autoridade e a credibilidade da empresa no mercado, mas também pode diminuir e prejudicar a reputação da marca quando não transmite uma mensagem positiva.
Com essa identidade, a empresa também consegue se diferenciar e se destacar entre a concorrência, o que tende a facilitar o reconhecimento.
A Apple, por exemplo, é vista como autoridade no mercado e hoje é reconhecida apenas pelo seu logotipo. Mesmo que uma campanha não revele o nome da empresa, os consumidores relacionam a imagem da maçã mordida à marca.
O vínculo com o mercado e com o consumidor também pode ser estabelecido a partir da identidade visual da marca, pois ela pode ajudar a criar um sentimento de identificação e pertencimento.
Com a identidade, a empresa pode transmitir seus valores e, quando o consumidor se identifica com esses valores, é possível estabelecer esse vínculo, o que pode estreitar a relação entre marca e público.
Ao desenvolver uma identidade emocional e humanizada, é possível se conectar e desenvolver uma afinidade com o público-alvo.
A Mastercard, por exemplo, construiu essa relação com o consumidor ao longo dos anos e mantém apenas sua logomarca como identidade nos materiais de divulgação desde 2019.
A empresa decidiu fazer isso após descobrir que 80% das pessoas reconheciam o “símbolo Mastercard”, mesmo sem o nome da marca o acompanhando.
Os elementos da identidade de uma marca podem despertar sensações aos consumidores, por isso também fazem parte da experiência do cliente.
Uma identidade que provoca sensações positivas, por exemplo, tende a incentivar o cliente a fazer associações favoráveis sobre a marca.
Como esse é o primeiro contato do consumidor com a empresa, também pode ser o fator decisivo para atrair leads qualificados, uma vez que influencia na decisão de compra ao despertar o interesse e o desejo pelas soluções da marca.
Isso porque os elementos ajudam a mostrar o que o cliente pode esperar da marca e como ela se relaciona com suas necessidades, expectativas e valores.
Quando uma identidade está alinhada ao público-alvo e consegue transmitir essa mensagem com clareza, a tendência é atrair pessoas realmente interessadas em adquirir os produtos ou serviços comercializados pela empresa.
A identidade visual é construída a partir de vários elementos, por isso é importante considerar alguns fatores no momento de criá-la para garantir que esses componentes estejam alinhados à personalidade da marca.
Conheça os principais pontos a serem considerados no processo criativo.
O posicionamento de marca é a maneira que uma empresa é percebida no mercado, como ela é reconhecida pelos consumidores. Ou seja, um conceito diretamente relacionado à construção de identidade da marca.
Ele deve ser claro e consistente para que a organização consiga transmiti-lo de maneira eficaz por meio de sua identidade.
Para construir uma identidade alinhada à personalidade da marca, é importante entender seu posicionamento, conhecer o perfil do negócio e saber como ele deseja ser visto pelo mercado e pelo público.
O público-alvo é um conceito que se refere às pessoas que a marca deseja atingir e que tem maior probabilidade de consumir seus produtos.
Por isso, os passos para entender como criar uma identidade visual devem considerar a opinião desses consumidores para que ela consiga se comunicar com eles de maneira eficiente e, dessa forma, criar um vínculo de confiança e reconhecimento.
A partir disso, a empresa pode desenvolver estratégias mais alinhadas ao público, capazes de estabelecer uma comunicação adequada, atrativa e relevante, que a diferencie e coloque como autoridade no mercado.
Outro ponto a ser considerado é o designer responsável pela criação da identidade, que deve trabalhar em conjunto com a empresa para entender sua personalidade, tom de voz e a forma como ela deseja se expressar.
Esse profissional tem papel fundamental no processo e pode trazer uma visão mais técnica para as marcas sobre a construção de cada elemento.
O briefing é uma ferramenta que pode ajudar o designer a ter uma percepção mais assertiva da empresa, pois nele é possível elencar os pontos considerados essenciais pela marca na construção da identidade.
Realizar um brainstorming com a equipe e o designer, compartilhar a persona da marca e inspirações também pode auxiliar nesse processo.
As mudanças são comuns dentro das empresas, uma vez que os negócios tendem a crescer, apresentar novos produtos e acompanhar tendências do mercado – que também está em constante transformação.
Por isso, também é comum que a identidade mude ao longo dos anos, acompanhando transformações internas e externas da organização.
Existem algumas perguntas que podem ajudar a identificar quando uma marca precisa transformar a sua identidade, como:
– o visual da marca representa o momento que ela está vivendo?
– a identidade se conecta e representa a persona da marca?
– os elementos gráficos e visuais estão obsoletos?
Em 2022, o Meio & Mensagem apresentou uma nova marca ao alcançar sua edição de número 2.000 na versão impressa, por exemplo.
Dentre outras mudanças, o rebranding apresentou o slogan “Informa, inspira e conecta” para adaptar a identidade e transmitir a personalidade da marca no cenário atual.
A Globo também renovou sua marca com o objetivo de unificar o portfólio, que inclui TV aberta, streaming, plataformas digitais e canais por assinatura.
Outra empresa que passou por transformações na identidade foi o Nubank, que divulgou um novo logo em 2021, com formato mais suave e tipografia mais arredondada. Confira a apresentação das alterações compartilhada pela marca:
Evoluir a identidade de uma marca significa atualizar os elementos visuais, os valores e o posicionamento com o objetivo de refletir mudanças do público, da empresa ou do mercado como um todo.
Acompanhar as movimentações do mercado, as tendências de design e entender o desenvolvimento da marca são passos para garantir que a identidade esteja alinhada a essas transformações e seja capaz de transmitir o momento atual da empresa.
Alguns passos para fazer um rebranding e evoluir a identidade são:
A partir dessas informações, a empresa pode desenvolver um novo manual de identidade, capaz de refletir seu novo posicionamento no mercado.
Hoje, as marcas podem construir uma identidade cada vez mais completa a partir de soluções tecnológicas, como a inteligência artificial e o metaverso, por exemplo.
As brand personas são prova dessa evolução, assim como as assistentes virtuais, como a Lu do Magalu. Todas essas ferramentas podem contribuir para estabelecer uma identidade e gerar um reconhecimento da marca pelo público.
Compartilhe
Veja também
Cosméticos à mesa: marcas apostam no segmento de alimentos
Carmed, Quem disse, Berenice? O Boticário, Dailus e Herbíssimo mergulharam na tendência para ampliar público por meion da nostalgia e mistura de sensações
Novas gerações tendem a moderar consumo de álcool, diz pesquisa
Go Magenta entrevistou mais de mil brasileiros e detectou aumento do interesse por opções de bebidas sem álcool e busca por estilo de vida mais saudável