COI planeja criar jogos olímpicos de eSports
Anúncio foi feito pelo presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, que destacou o grande contingente de jogadores de jogos e esportes eletrônicos no mundo
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Meio & Mensagem
16 de outubro de 2023 - 10h11
O Comitê Olímpico Internacional (COI) tem planos de criar jogos olímpicos específicos para eSports. O comunicado foi feito por Thomas Bach, presidente do COI, durante a cerimônia de abertura da 141ª Sessão do COI em Mumbai, na Índia, que aconteceu no sábado, 14.
Os Jogos Olímpicos de eSports foram justificados pelo grande número de jogadores pelo mundo. De acordo com Bach, existem três bilhões de pessoas jogando esportes eletrônicos e demais games a nível global. Destes, há mais de 500 milhões de interessados nos eSports. Um fato relevante para o COI, observou o presidente, é que a maior parte tem menos de 34 anos.
A organização já tem uma história promissora neste segmento. Em 2018, o COI organizou o eSports Forum em Lausanne, na Suíça. Na sequência, criou um grupo de interação entre todas as partes interessadas no tema. Já em 2021, deu início à Olympic Virtual Series.
Realizada no início deste ano, a Semana de eSports Olímpica, em Singapura, contou com finais ao vivo, em colaboração com as Federações Esportivas Internacionais (IFs) e editores. Ao todo, foram mais de 130 jogadores de todo o mundo competindo em dez categorias, 500 mil participantes únicos em toda a série e mais de seis milhões de visualizações das transmissões ao vivo.
“Escolhemos uma abordagem que nos permitiria ser ativos no espaço dos esportes eletrônicos e, ao mesmo tempo, permanecer fiéis aos nossos valores que nos guiam há mais de um século. No que diz respeito aos eSports, nossos valores são e continuam sendo a linha vermelha que não cruzaremos”, disse Bach. Ele ressaltou que uma empresa de games até adaptou seu jogo popular para estar totalmente em conformidade com os valores olímpicos – para que os jogadores atirassem em alvos e não em pessoas.
Em seu discurso, salientou a necessidade de mudança de mentalidade no movimento olímpico para acompanhar as gerações mais jovens. O presidente apontou que o grupo vive vidas digitais: “Não devemos ignorar o seu pensamento se não quisermos pôr em risco o nosso próprio futuro. Devemos capacitá-los para nos guiar com sua mentalidade jovem”. Bach relembrou, ainda, que um dos princípios fundamentais da Agenda Olímpica 2020 é de que o esporte deve ir onde as pessoas estão, entre eles, o mundo digital.
Entre os riscos deste novo momento, está a inteligência artificial. Bach defendeu que o COI deve estar no comando neste sentido. O COI já está agindo na elaboração de uma análise holística de oportunidades e riscos da IA com um grupo de especialistas na tecnologia. Se tudo correr bem, apontou, será possível ver consequências do trabalho já na Olimpíada de Paris em 2024.
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