Apenas 16% líderes brasileiros têm total conhecimento sobre ESG
Primeira edição da série de estudos da Data-Leaders, desenvolvido pela Data-Makers e CDN, revela relação entre líderes brasileiros e o ESG
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Meio & Mensagem
17 de julho de 2023 - 14h25
A primeira edição da série de estudos da Data-Leaders, desenvolvido pela Data-Makers em parceria com a CDN, revela o tema mais relevante para a liderança brasileira no momento: ESG.
Segundo a pesquisa “Líderes de Negócio do Brasil e ESG”, apenas 16% dos líderes de negócios declararam conhecer ESG em profundidade. Sendo que 71% declarou ter um conhecimento razoável sobre o tema.
Apesar do conhecimento ainda não ser aprofundado entre os líderes brasileiros, 92% dos executivos afirmaram que o tema é extremamente ou muito importante para o futuro dos negócios.
O estudo ainda revela que os líderes acreditam que o tema ESG merece mais atenção da comunidade: 68% consideram o tema subestimado.
Um dado que vale destacar é que quanto mais conhecimento declarado em relação ao assunto, maior a percepção de que ele é subestimado. Já os executivos que menos conhecem sobre ESG, foram os que mais acham o tema superestimado.
Se por um lado a maioria dos líderes considera o tema importante para o futuro de seus negócios, por outro, os investimentos não refletirão esse cenário, pelo menos nos próximos 12 meses. A pesquisa indica que a verba para ESG só aumentará em 3 em cada 10 empresas. Já em quase dois terços, não haverá alteração nos investimentos.
Apesar disso, somente 6% diminuirão o valor investido. As grandes empresas são as que mais pretendem aumentar o investimento, é o caso de 43% delas, com 15 pontos percentuais acima da média.
Por outro lado, os executivos disseram que pretendem partir para a ação quando o assunto são práticas ESG. De acordo com o levantamento, 56% deles se mostraram comprometidos a participar ativamente de ações ESG, seja atuando diretamente (35%) ou liderando essas iniciativas (21%). Já 35% pretendem apoiar tais ações, e apenas 9% não têm interesse em participar.
Os CEOs entrevistados estão mais propensos a participar apoiando (41%) e liderando (33%) iniciativas ESG, enquanto os C-Levels pretendem atuar diretamente (50%). Sobre gênero, executivos homens devem colaborar diretamente (35%), enquanto a maior parte das mulheres (40%) atuarão no apoio de tais medidas ESG.
A pesquisa mostra ainda que os líderes reconhecem que esse é só o começo e que há uma jornada longa a seguir na evolução do assunto em suas companhias.
Os executivos C-Levels tendem a avaliar de forma mais positiva a performance de suas empresas. Já os CEOs avaliam de forma mais positiva a performance de suas organizações em comparação com o mercado. Apesar disso, segundo o estudo, a maioria dos líderes (46%) acredita que a atuação de sua empresa está na média com a indústria.
As duas principais razões para a adoção de práticas ESG nas empresas, segundo a pesquisa, são: imagem de marca (85%) e reputação corporativa (65%). Ambos são atributos relacionados a imagem da organização. Logo em seguida vem melhora na gestão da empresa (59%) e reputação de riscos (38%).
O levantamento destaca que a principal barreira de adoção de práticas ESG pelas empresas é a falta de conhecimento das lideranças. Quase metade dos executivos admitiu isso.
A pressão por resultados de curto prazo aparece em segundo lugar, com 48%; seguida por falta de profissionais preparados (46%); tema não é prioridade (45%); e, por fim, falta de comprometimento das lideranças (41%).
Além do reconhecimento do tema como estratégico, também há a necessidade de mensuração por parte dos líderes brasileiros. Segundo a pesquisa, 38% apontaram a ausência de dados, 37% de KPIs claros e 32% de benchmarks (32%) como fatores limitantes de adoção de práticas ESG.
Em metade das empresas entrevistadas, a liderança é a principal responsável por tomar decisões relacionadas ao tema ESG. No entanto, o estudo indica que isso acontece muito mais pela carência de profissionais capacitados e de um processo decisório estruturado do que por um indicativo de envolvimento da liderança.
Segundo os dados da pesquisa, o Conselho de ADM foi apontado como principal decisor em 21% das empresas, sendo que somente 11% das companhias contam com um comitê interdisciplinar ou uma área dedicada ao assunto. Em 40%, esse é um tema para áreas como RH, Financeiro, ou não há uma definição estabelecida.
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O estudo mostra que os executivos não tem fácil em mente empresas e líderes que se destacam quando o assunto é ESG, visto que 22% deles não souberam indicar uma empresa de destaque.
Ainda assim, a Natura foi líder em menções, com 25%, seguida por Ambipar, Dengo e Unilever, que tiveram 3% das menções. No total, 42 empresas foram citadas.
Em relação à profissionais, o co-CEO da Dengo, Estevam Sartorelli, foi o executivo mais lembrado, com 3% das menções. No total, 32 profissionais foram citados. Apesar disso, 23% dos entrevistados não indicaram nenhum profissional como destaque.
Para chegar nesses resultados, a Data-Makers entrevistou de forma online 170 CEOs e C-Levels de empresas brasileiras de todos os portes e setores.
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