“Marcas não lidam bem com youtubers”
Jonah Berger, autor de Contágio: Por Que as Coisas Pegam e pesquisador da Universidade de Stanford, ainda vê evolução na relação entre influenciadores e empresas
Jonah Berger, autor de Contágio: Por Que as Coisas Pegam e pesquisador da Universidade de Stanford, ainda vê evolução na relação entre influenciadores e empresas
Luiz Gustavo Pacete
28 de março de 2017 - 8h39
Marcas e influenciadores ainda estão aprendendo a conviver. É no que acredita Jonah Berger, autor de “Contágio: Por Que as Coisas Pegam” e pesquisador da Universidade de Stanford, ao analisar casos recentes envolvendo youtubers. Em fevereiro, o sueco Felix Kjellberg, criador do canal PewDiePie e um dos youtubers mais bem pagos do mundo, teve seu contrato rompido com a Disney após ser acusado de produzir conteúdo antissemita.
Como reduzir riscos na relação com youtubers
Ainda em fevereiro, no Brasil, uma matéria da Folha de S.Paulo revelou que um grupo de youtubers foi pago para produzir vídeos em defesa da reforma do Ensino Médio. Os dois casos reacenderam a discussão sobre transparência e riscos na relação com influenciadores. Ao Meio & Mensagem, Jonah Berger afirma que o desafio é global. “Não é um problema do Brasil e nem dos Estados Unidos, o desafio na relação entre marcas e influenciadores é em todo mundo”, diz Jonah.
De acordo com o pesquisador, o marketing de influência continua sendo promissor para o mercado. No entanto, as tecnologias e a velocidade com que novas plataformas surgem adicionam desafios nas relações que as empresas mantêm com essas pessoas. “Mesmo com eficiência comprovada, o uso de influenciadores está sendo percebido em larga escala somente agora e isso vai aumentar ainda mais os desafios de aprimorar essa relação”, observa.
Combinação governo e youtubers não cai bem
Para Jonah, os riscos envolvidos em uma relação com influenciadores é o mesmo que existe em qualquer associação entre marcas e pessoas ou celebridades. “As marcas podem ser prejudicadas e é um risco que influenciadores sejam controversos”, alerta. Jonah não acredita que estejamos vivendo uma bolha no uso de influenciadores e defende que há espaço para crescimento desse mercado. “Pessoas continuam em busca de outras pessoas que tenham algo valioso a dizer”, diz Jonah.
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