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McDonald’s mantém a liderança no Fast Food Brand Footprint da Kantar

Rede norte-americana de fast food aparece com 41,9 milhões de pontos de contato no Brasil, seguido por Burger King e Habib's


10 de setembro de 2024 - 6h00

O McDonald’s segue em primeiro lugar no ranking Kantar Fast Food Brand Footprint, com quase 42 milhões de pontos de contato. A liderança se mantém mesmo com uma leve queda em penetração e frequência (0,9 e 13,8, respectivamente) – não suficientes para desbancá-lo.

fast food

McDonald’s segue na liderança no Kantar Fast Food Footprint (Crédito: Divulgação)

A métrica Consumer Reach Point (CRP) abrange um universo de 48 milhões de brasileiros e determina a relevância de uma marca a partir da mensuração de quantos indivíduos compram produtos de uma empresa e a frequência desse consumo fora do lar.

O ranking traz as 15 redes de fast food com maior relevância em pontos de contato nas regiões metropolitanas de Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.

Na sequência, aparece Burger King, com um CRP de pouco mais de 26 milhões e um aumento de 3,9% em consumidores no comparativo entre 2023 e 2024. “O Burger King está buscando novos consumidores e isso nem sempre significa buscar os mesmos consumidores”, cita Hudson Romano, gerente sênior de consumo fora do lar da Kantar Worldpanel.

O levantamento revela um crescimento de público jovem acima dos 18 anos até 35 anos. Há um aumento da frequência da classe AB, que encara os fast-foods como indulgência. Apesar da tendência de estabilidade em um ano eleitoral, as classes DE também registram crescimento, o que faz com que redes nacionais tenham grande impacto, sobretudo a partir da interpretação do setor como uma alternativa de refeição.

No Brasil, as redes de fast-food vêm em uma constante de aquecimento, sobretudo entre 2022 e 2023, ano em que a frequência foi alta. No período, consumidores saíram do lockdown imposto pela pandemia e voltaram a consumir fora do lar. Além disso, foi um dos segmentos que não registrou grande alta de preço, atraindo clientes muito por essa estabilidade.

Balanço do resultados

Entre as surpresas nos resultados, Romano cita a aparição de redes que não seriam as tradicionais em um ranking convencional de fast-food, muito pelo investimento em inovação. “A inovação não é somente na comida, mas sim em todo o perfil”, aponta. Segundo o gerente, o consumidor busca o balanço entre sabor e conveniência.

Segundo Romano, há um ponto de atenção voltado para a movimentação das redes menores e nacionais, que vem se desenvolvendo a fim de se conectar com o momento atual do consumo no Brasil. É o caso do Grupo Habib’s, posicionado na terceira posição com um CRP de 15,3 milhões.

O destaque vai também para o Giraffas (7,9 milhões, subindo duas posições) e Ragazzo (5,1 milhões), na quinta e oitava posição. Ambas registraram um aumento no CRP em relação ao ano anterior: 108,5 milhões e 43,4 milhões, respectivamente.

Já a aparição do China in Box na sétima colocação indica para a diversidade do segmento de fast-food que, cada vez mais, se expande para além de pizza ou hambúrguer, justifica o executivo. A rede vem conquistando penetração de mercado e novos compradores, tornando-se uma nova fonte de alimentação. A rede foi adquirida em 2021 pelo Grupo Trigo, também detentor de restaurantes como Spoleto.

Confira o ranking completo:

Desafios e oportunidades para o fast-food

Apesar de uma alta da saudabilidade, hábito que ganhou relevância durante a pandemia, a criação de sabor para além da percepção de alimento industrializado é um dos desafios do segmento.

Além disso, com uma estabilização com tendência de queda em frequência, conforme cita Romano, redes encaram ainda a necessidade de tornar seus produtos uma opção para a alimentação para além da indulgência. Neste sentido, o jantar se destaca como o momento que mais contribuiu para o cenário positivo dos fast-food até o momento, alcançando 40 milhões de pontos de contato.

No que diz respeito a canais, é importante ressaltar que a compra off-line ainda é relevante. ”Ainda vemos o balcão, a compra offline, ainda muito grande. A compra dentro da loja, mesmo que seja via totem ou via aplicativo próprio, ainda é a principal porque a gente voltou para fora de casa”, salienta Romano. Apesar disso, em termos de participação de vendas, o delivery também se mantém como um canal importante para a alimentação.

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