Mídia, voz e varejo: o caminho da Amazon até o topo do mundo
Ao mesmo tempo rede de varejo físico e online, empresa de tecnologia e plataforma de mídia, marca supera concorrência no BrandZ
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Bárbara Sacchitiello
12 de junho de 2019 - 6h00
Nessa terça-feira, 11, o ranking BrandZ, lista de referência para marcas elaborado pela Kantar e grupo WPP, colocou uma nova empresa no topo das mais valiosas do mundo. Após ter ficado na terceira posição no ano passado, a Amazon superou Google e Apple (que por anos se revezaram nas primeiras posições) e assumiu o posto de marca mais valiosa do planeta.
Segundo o BrandZ, aquisições que trouxeram novos fluxos de receita, prestação de serviços aos clientes e capacidade de se manter às frentes dos concorrentes foram os fatores que colocaram a gigante do varejo no topo da lista, com um valor de marca estimado em US$ 315,5 bilhões.
Barreira do trilhão
A ascensão da empresa fundada por Jeff Bezos já vinha se consolidando há algum tempo. Em setembro do ano passado, a companhia se tornou a segunda na História a ultrapassar o valor de mercado de US$ 1 trilhão. O feito só havia sido alcançado pela Apple, cujas ações na Bolsa romperam a barreira do trilhão um mês antes da Amazon.
Diversas razões contribuíram para que a empresa de varejo entrasse em um patamar até então dominado pelas gigantes de tecnologia e assumisse a liderança entre as marcas mais valiosas do mundo. Nos últimos anos, a companhia veio fazendo movimentos que a conduziram para uma posição diferente na indústria: um misto de rede varejista, empresa tecnológica e, mais recentemente, plataforma de mídia.
Gigante varejista
Para ampliar seu negócio principal – um marketplace de venda de produtos das mais diferentes categorias – a Amazon decidiu construir uma nova sede nos Estados Unidos, algo que gerou uma verdadeira corrida pelas cidades que competiram pela presença da marca. Em março, foi decidido que, além de Seattle, a empresa terá uma segunda sede no Norte da Virgínia. A previsão é de que a nossa estrutura gere na região um total de 25 mil empregos. A nova operação deverá seguir os princípios da primeira sede da Amazon, que conta com recursos de alta tecnologia em seus centros de distribuição – como robôs que ajudam a separar e distribuir os produtos a serem entregues. Em paralelo, a empresa também dá continuidade à evolução da experiência do consumidor em suas lojas físicas.
Assistente virtual e computação em nuvem
Além disso, a companhia continuou investindo em seus produtos originais. Criadora do Kindle, que ajudou a revolucionar os hábitos de leitura, desenvolveu também a assistente virtual Alexa, para concorrer diretamente com o Google Home e com a Siri, da Apple. Também estruturou o Amazon Web Service, braço de serviços de computação em nuvem que se tornou a mais adotada por data centers de todo o mundo.
Produção de conteúdo
Já há algum tempo, a Amazon também é concorrente de players como Netflix e HBO. Com o Prime Video, a companhia coloca a produção de conteúdo original como um de seus pilares mais importantes de negócios. Com produções originais como “Mozart in the Jungle”, “The Man in the High Castle” e “American Goods”, a companhia vem investindo em parcerias locais de produção de conteúdo. No Brasil, a plataforma lançou recentemente o seriado “Homens”, criado pelo Porta dos Fundos, como parte de um acordo de coprodução assinado com a Viacom na América Latina.
Novo gigante da mídia
Com a vantagem de ter um amplo entendimento sobre a jornada de compra do consumidor, a Amazon tem ampliado sua receita com publicidade, posicionando-se como uma plataforma de mídia capaz de fazer frente a Google e Facebook. Em 2018, a empresa superou as projeções e faturou US$ 10 bilhões com publicidade, o que lhe confere o titulo de terceira maior plataforma de mídia do mundo.
Amazon Go e Whole Foods
Disposta a ser pioneira no varejo do futuro, a companhia apresentou no ano passado o Amazon Go, projeto de lojas físicas high tech que mescla as experiência de compra física com a digital. Por meio do app, as pessoas caminham pelas lojas e podem escolher os produtos diretamente das prateleiras – que automaticamente são colocados em seus carrinhos virtuais. No espaço, não há caixas e as pessoas podem sair tranquilamente carregando suas mercadorias porque os respectivos valores já estarão debitados em seu cartão de crédito. Visando ampliar a atuação nas diferentes cadeias da indústria, a Amazon ingressão no negócio de alimentos em 2017 ao comprar a rede de alimentos orgânicos e naturais Whole Foods. Os ajustes iniciais entre as duas operações, no entanto, foram tumultuados por conta de reclamações por parte dos fornecedores e também do publico consumidor.
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