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Nike dispensa Lance Armstrong

Com o aumento do escândalo de doping envolvendo o ciclista, anunciante decidiu rescindir o patrocínio; Anheuser-Busch e Oakley podem fazer o mesmo


17 de outubro de 2012 - 12h24

Dizendo haver evidências que “parecem ser instransponíveis” de que o ciclista Lance Armstrong “enganou a Nike por mais de uma década”, a gigante dos artigos esportivos demitiu nesta quarta-feira, 17, o atleta que venceu por sete vez o Tour de France. A medida veio poucas horas após o próprio nome da Nike ser arrastado para o lamaçal em torno do escândalo de doping no qual Armstrong está envolvido.

Nesta terça, 16, a Nike negou veementemente uma reportagem do New York Daily News de que teria ajudado a encobrir o uso de drogas que aumentariam o desempenho do ciclista.

“Devido ao fato de haver evidências aparentemente intransponíveis de que Lance Armstrong participou de um esquema de doping e enganou a Nike por mais de uma década, é com grande tristeza que encerramos nosso contrato com ele”, disse a empresa em comunicado. “A Nike não tolera o uso de drogas que ilegalmente aumentam o desempenho, em qualquer circunstância. E a Nike planeja continuar apoiando as iniciativas do Livestrong, instituição criada para unir, inspirar e capacitar pessoas afetadas pelo câncer”, afirmou (a parceria entre a Nike a Livestrong chegou a render GPs em Cannes para a instituição; leia aqui).

Armstrong, enquanto isso, anunciou que está deixando o cargo de presidente da entidade beneficente Livestrong para que o grupo possa focar mais claramente em sua missão de combate ao câncer do que nos crescentes problemas envolvendo seu fundador. Ele renunciou após a Agência Americana Anti-Doping divulgar um relatório abrangente, detalhando as evidências das acusações de doping contra Armstrong e seus colegas de equipe.

A dispensa pela Nike – que manteve apoio ao superstar do golf Tiger Woods, quando notícias tornaram público seu relacionamento extraconjugal em 2009, levando outros patrocinadores como a Accenture a abandoná-lo; e a Koby Bryant, quando o superstar da NBA foi acusado de agressão sexual em 2003 – efetivamente acaba com o papel de Armstrong como embaixador das marcas da Madison Avenue. Especialistas em marketing esportivo preveem que com a Nike colocando Armstrong de lado, outros patrocinadores como a Anheuser-Busch e a Oakley podem fazer o mesmo esta semana.

Nem a Anheuser-Busch, que ontem emitiu uma declaração pública de apoio a Armstrong, nem a Oakley se manifestaram até o momento.

Armstrong está trabalhando com o expert em gerenciamento de crises Mark Fabiani, ex-conselheiro especial da Casa Branca, que defendeu o então presidente Bill Clinton e a primeira-dama Hillary Clinton durante os escândalos conhecidos como Whitewater na década de 90 (ligando o casal a investimentos e perda de dinheiro em uma empresa do mercado imobiliário) e encabeçou a comunicação do candidato à presidência Al Gore durante a controvérsia sobre a recontagem de votos na Flórida. 

Do Advertising Age – Tradução: Roseani Rocha

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