Assinar

Nike: “Estamos proibidos de fornecer ao Irã desde 2015”

Buscar

Nike: “Estamos proibidos de fornecer ao Irã desde 2015”

Buscar
Publicidade
Marketing

Nike: “Estamos proibidos de fornecer ao Irã desde 2015”

Felix Ximenes, diretor de comunicação da Nike do Brasil, esclarece polêmica envolvendo a marca e a seleção iraniana


15 de junho de 2018 - 7h00

Nesta semana a Nike ocupou o noticiário esportivo por conta de um pronunciamento do técnico da seleção iraniana, Carlos Queiroz, à ESPN, no qual critica a empresa por interromper o acordo de fornecimento de chuteiras aos jogadores do time uma semana antes da primeira partida do país contra o Marrocos nesta sexta-feira, 15.

Segundo Queiroz, os atletas estavam recorrendo à ajuda de amigos não-iranianos e planejavam pagar pelos próprios equipamentos. “Os jogadores estão acostumados com os seus equipamentos. Não é certo mudar isso em uma semana antes de partidas tão importantes”, alegou o técnico.

Segundo a reportagem da ESPN, a  empresa de artigos esportivos começou a receber críticas pela decisão e veio a público esclarecer, via comunicado, que foi proibida de manter relações econômicas com o país por conta de uma sanção imposta pelo governo dos Estados Unidos em 2015. Mas, em maio de 2018, os EUA rompeu o acordo nuclear estabelecido com o Irã e demais países e o secretário de Estado, Mike Pompeo, anunciou que o país iria impor “maiores sansões econômicas” em relação ao Irã.

Depois do comunicado da marca, ao The Washington Post, o técnico manteve a crítica à Nike: “É ridículo é desnecessário produzir um comunicado contra alguns jovens jogadores. Acho que deveria ser o exato oposto, porque 99% dos nossos jogadores compram as chuteiras, então o comunicado deveria ir na direção oposta e agradecê-los”.

Felix Ximenes: “Não temos favoritismo, mas a única coisa que nos impede de fornecer os produtos é a possibilidade de cometer um crime”

Em entrevista ao Meio & Mensagem, Felix Ximenes, diretor de comunicações da Nike Brasil, diz que deve ter acontecido alguma confusão no pronunciamento do técnico. “Ele deve ter sido pego em um telefone sem fio, porque nós estamos proibidos de fornecer produtos ao Irã desde 2015 por conta de proibições do governo dos Estados Unidos”, conta Ximenes.

De acordo com o executivo, o técnico ficou irritado pelo fato de a marca estar lucrando das compras feitas pelos jogadores, mas diz que a empresa pode equipar atletas de nacionalidade iraniana, é proibida de entregar ao país. “Se houver um time de hóquei formado por iranianos que treina na Inglaterra, podemos fornecer para eles”, exemplifica.

“Eu acho que a Nike sempre foi clara dentro e fora do campo. Não temos favoritismo, mas a única coisa que nos impede de fornecer os produtos é a possibilidade de cometer um crime”, esclarece.

*Crédito da foto no topo: Clive Rose/GettyImages

Publicidade

Compartilhe

Veja também

  • Beats busca fãs virais de Lady Gaga para levar ao show

    Beats busca fãs virais de Lady Gaga para levar ao show

    Patrocinadora do evento Todo Mundo no Rio, marca quer encontrar os rostos dos famosos memes que envolvem a cantora

  • Loft aposta em Huck e Angélica para atrair donos de imóveis

    Loft aposta em Huck e Angélica para atrair donos de imóveis

    Empresa foca em proprietários para captar clientes às imobiliárias parceiras com nova estratégia de comunicação