O fim da era David Stern na NBA
Executivo elevou de US$ 165 milhões para US$ 5,5 bilhões a receita da liga de basquete em 30 anos como comissário
Executivo elevou de US$ 165 milhões para US$ 5,5 bilhões a receita da liga de basquete em 30 anos como comissário
Meio & Mensagem
3 de fevereiro de 2014 - 3h58
No último final de semana chegou ao final uma era para o principal campeonato de basquete do mundo. Após 30 anos no comando da National Basketball League (NBA), David Stern passou o bastão para Adam Silver, quinto comissário em mais de 60 anos de existência da liga.
Com a mudança, sai de cena o profissional que liderou o processo de transformação da NBA num dos maiores produtos de entretenimento do mundo, com a criação de novas franquias (equipes) e ligas, e o aumento de receita com marketing e direitos de transmissão, e a realização de jogos em vários continentes.
Quanto assumiu o comando, em 1984, a NBA faturava cerca de R$ 165 milhões e tinha um contrato de TV anual de US$ 28,5 milhões, e apenas a Itália exibia os duelos fora dos Estados Unidos. Três décadas depois os números são impressionantes: receita de cerca de US$ 5,5 bilhões, contrato anual de US$ 937 milhões com a TV, 14 escritórios comerciais espalhados pelo mundo (um deles no Brasil) e transmissão das partidas para 215 países e territórios em 47 línguas.
Nesse período o número de franquias passou de 23 para 30, e foram criadas a Women’s National Basketball Association (WNBA), versão feminina do campeonato, e a NBA Development League (D-League), liga de desenvolvimento de novos talentos. Stern também ajudou a implementar o primeiro acordo anti-drogas no esporte profissional norte-americano, e introduziu o sistema de teto salarial e de partilha de receitas.
A internacionalização da NBA sob a gestão do comissário foi impressionante. Dentro de quadra, o número de jogadores estrangeiros passou de 8, em 1984, para 92, em 2013. Além disso, com o projeto NBA Global Games a liga já realizou mais de uma centena de jogos de pré-temporada e de temporada regular em 19 países (o Brasil recebeu uma partida em 2013).
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