O homem que apresentou o Street Fighter ao Brasil
Empresário que trouxe o game ao País ajuda publishers e agências a entenderem o Vale do Silício
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Luiz Gustavo Pacete
27 de julho de 2017 - 10h08
O empresário curitibano Ron Czerny está no Vale do Silício desde a década de 1990. Viajou com o objetivo de tornar-se um campeão em tênis e acabou entrando no mundo dos negócios. Em 1992, retornou ao Brasil com um de seus maiores desafios profissionais: levar o então recém-criado Street Fighter para o mercado nacional. Detalhe: na época, os fliperamas eram a principal plataforma de games e Roy foi incumbido pela Capcom, criadora do game, de instalar uma fábrica em Manaus.
Alguns anos depois e de regresso aos Estados Unidos, o executivo criou a Playphone, plataforma de games sociais para mobile. “Em 2004, pouco antes de aparecer o iPhone, ninguém estava dando muita bola para a Apple e o impacto que ela poderia causar no mercado de games. Tinhamos uma plataforma de jogo por celular que, assim que surgiu o iPhone, em 2007, ficou absolutamente obsoleta”, diz Roy.
A Playphone foi vendida para a japonesa Softbank e agora seu objetivo é construir uma nova plataforma onde os jogos sociais possam ser escalonados. “Não vamos concorrer com a Riot, por exemplo, de League of Legends, nosso foco é pegar um novo público que não é heavy user de games, mas que gostam de jogar”, diz Roy. Além de empresário, atualmente, Roy ajuda empresas brasileiras, por meio da BayBrazil, a se instalarem no Vale do Silício e a compreenderem a dinâmica de negócios da região.
“Para empresas brasileiras ainda é um desafio entender a dinâmica daqui. Diferentemente do que ocorre no nosso mercado, apresentar uma pessoa a alguém é algo que já faz parte do fim do processo e não do início. Os americanos levam muito a sério as indicações”, diz Roy. Ele destaca que o outro desafio é de as empresas se instalarem aqui. “Ainda há uma dificuldade de entender a dinâmica estrutural da região”, diz ele.
Como é ser acelerado pelo Google?
Roy já prestou consultorias para o Grupo Abril, que no ano passado foi para o Vale do Silício em busca de projetos de inovação e, recentemente, também ajudou a agência Hive a entender a dinâmica local. “Em especial, as agências de publicidade brasileiras possuem um nível muito alto de qualidade, mas geralmente não se estabelecem aqui porque o foco delas continua sendo o Brasil”, observa. Recentemente, Roy também intermediou um contato entre o Itaú e uma empresa de segurança bancária local.
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