O marketing nunca mais será o mesmo
Estudo aponta as seis revoluções tecnológicas que alteram (e devem alterar) a forma como marcas e consumidores se relacionam
Estudo aponta as seis revoluções tecnológicas que alteram (e devem alterar) a forma como marcas e consumidores se relacionam
Luiz Gustavo Pacete
4 de julho de 2017 - 7h54
Nos últimos dez anos, a maneira como as pessoas se informam, consomem e interagem mudou de forma substancial. E, em meio a um processo de transição e do surgimento de novas tecnologias, as marcas, agências e o mercado se perguntam: qual será a próxima tecnologia capaz de alterar mais uma vez as relações humanas?
Um estudo da consultoria de tendências diip dividiu em seis grandes grupos as revoluções capazes de alterar as relações sociais e de consumo nos próximos anos. Algumas, já estão em fase avançada e são familiares ao mercado como a realidade virtual, por exemplo. Ou a inteligência artificial com o avanço de sistemas cada vez mais integrados e inteligentes.
Independentemente da tecnologia, ou dos rumos que essa integração deve tomar, o importante, segundo Camila Ghattas, especialista da diip, é considerar como a integração entre homem e máquina será cada vez mais importante. “A tendência comum é que as pessoas rejeitem, de início, ou enxerguem a tecnologia com um viés negativo. No entanto, quanto mais rápido as empresas e a sociedade compreenderem a tecnologia como algo positivo e o que pode ser feito com ela, os ganhos são relevantes”, diz Camila.
Em entrevista ao Meio & Mensagem, em maio, o futurólogo francês Jean-Christophe, da Oxymore, ressaltou que, independentemente do avanço tecnológico, o ser humano estará cada vez mais no centro das relações de consumo. “Esse movimento já teve um início com grandes marcas, colocando o respeito com o ser humano e suas diferenças no centro das campanhas, da atenção para a inclusão”, disse Jean-Christophe.
Vejam as seis revoluções tecnológicas que já alteram (e devem alterar) a forma como marcas e consumidores se relacionam, segundo a diip:
Manufatura aditiva
De alimentos a carros, de casas a órgãos funcionais, a impressão 3D já impacta diretamente o mercado. Qual será o papel das marcas e companhias na vida dos consumidores, uma vez que a customização, a personalização e o on demand serão as principais diretrizes e exigências? A impressão 3D em breve proporcionará um novo estilo de vida, onde novas relações de posse, experiências significativas e soluções sustentáveis serão alguns de seus componentes básicos.
O impacto dos makers nas relações de consumo
Realidade Virtual e Aumentada
A Realidade Virtual é uma ferramenta mercadológica que oferece uma mudança radical de perspectiva – o que antes podíamos ver, agora pode-se viver, fazendo com que a distinção entre a realidade física e virtual seja cada vez menos perceptível. Com outro nível de imersão, a Realidade Aumentada integra o virtual ao ambiente físico. Até 2020, a indústria de VR e AR vai atingir US$ 150 bilhões sendo cada vez mais barata e acessível.
Robótica
A redução dos custos de produção e do volume dos componentes permitiram a aplicação de computadores nas mais variadas indústrias, tais como a da aviação e automobilística. Por meio de sensores, atuadores e microcontroladores, os robôs obtêm informações do contexto a sua volta para desempenhar tarefas e manusear objetos. Logo, com o crescimento da Indústria 4.0, muitos trabalhos serão substituídos e novos formatos serão criados. A nova fase da robótica se encontra com a era da conectividade impulsionada pela internet das coisas.
Inteligência Artificial
O Big Data em conjunto do deep learning e do entendimento de linguagem natural transformará a informação em conhecimento. Saber quais dados, como e de onde extraí-los é a base para a criação de IA’s verdadeiramente engenhosas que, como crianças, aprenderão com os próprios erros e irão evoluir a partir daí, como faz a Alexa, Amazon, e outros chatbots.
Cyber Sapiens
A era do Cyber Sapiens retrata o momento onde os gadgets tecnológicos se integram à nossa biologia. Seremos Cyborgs – seres humanos aperfeiçoados pela tecnologia – acoplados a chips NFC, lentes de contato inteligentes como as do Google, que medem o nível de açúcar no sangue por meio da lágrima. Essa simbiose humano-máquina e a explosão das biotecnologias trazem soluções não só para corrigir deficiências, mas para ampliar a forma como interagimos com o mundo e marcas.
Pós Humanismo
O pós-humanismo representa a era da transcendência, onde não há mais distinção entre o biológico e humano do tecnológico e artificial. É um futuro onde máquinas se comunicarão com máquinas, sem a interferência humana, onde a corrida espacial trará um novo entendimento sobre a importância da sustentabilidade. E aí as nanotecnologias se afloram, não mais acopladas ao nosso corpo, mas dentro dele, como nanobots na corrente sanguínea.
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