O Uber nas mãos de Haddad
Câmara Municipal de São Paulo aprova projeto que torna o aplicativo irregular; a última palavra será do prefeito
Câmara Municipal de São Paulo aprova projeto que torna o aplicativo irregular; a última palavra será do prefeito
Meio & Mensagem
10 de setembro de 2015 - 8h30
A Câmara dos Vereadores de São Paulo aprovou, nesta quarta-feira, 9, o projeto de lei do vereador Adilson Amadeu (PTB) que prevê a proibição do uso de carros particulares cadastrados em aplicativos para o transporte remunerado de passageiros. Foram 43 votos a favor, três contra e cinco abstenções. O projeto aprovado segue para sanção do prefeito Fernando Haddad.
“Vou deixar vocês na geladeira. Vocês são ilegais e não pagam imposto. [No Uber], há evasão de divisas. Polícia Federal, vá atrás dessa empresa, que está passando dos limites”, disse o autor do projeto, confrontando apoiadores do aplicativo que acompanhavam a votação nas galerias da Câmara.
Aglomerados em frente ao prédio, os taxistas comemoram a decisão com fogos de artifícios e buzinaço. Mais cedo, eles interromperam o tráfego no local e fizeram carreatas pela cidade.
“Banir é a tecnologia. É não olhar para o cidadão usuário. É olhar exclusivamente para um conjunto da sociedade importante que são os taxistas, mas que não representam os 11,5 milhões que vivem na cidade”, afirmou o vereador José Police Neto (PSD), que votou contra o projeto.
O projeto foi aprovado com uma emenda, de autoria do Executivo, que autoriza a prefeitura a realizar estudos sobre o aprimoramento da legislação do transporte individual de passageiros e o uso de novas tecnologias e serviços.
“Se os estudos entenderem que há necessidade de fazer alterações nos serviços de táxi na cidade, é o que o prefeito fará”, informou o líder do governo na Câmara, Arselino Tatto (PT).
Em nota, o Uber informou que lamenta a decisão dos vereadores e a privação para a população de um serviço que democratiza os meios de transporte.
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