Como a busca pela experiência influencia o varejo esportivo
Eventos esportivos, finais de campeonato e busca por saúde e bem-estar são fatores que impulsionam a busca do consumidor por artigos esportivos
Como a busca pela experiência influencia o varejo esportivo
BuscarComo a busca pela experiência influencia o varejo esportivo
BuscarEventos esportivos, finais de campeonato e busca por saúde e bem-estar são fatores que impulsionam a busca do consumidor por artigos esportivos
Valeria Contado
22 de outubro de 2024 - 6h00
O ano de 2024 foi marcado por diversos eventos esportivos. Além das tradicionais competições esportivas, globais e locais, os Jogos Olímpicos de Paris impulsionaram o desenvolvimento de produtos esportivos por varejistas, com o intuito de fortalecer a experiência dos torcedores.
Exemplo disso foram os uniformes do Time Brasil, desenvolvidos para a comissão de atletas e comercializados para o público em geral. A delegação contou com marcas como Riachuelo, que desenvolveu a linha de roupas, além de Havaianas, Mormaii e Paek, que confeccionaram outros itens de vestuário.
Além disso, a primeira partida da National Football League (NFL) na América Latina foi um grande impulsionador de consumo de itens relacionados ao futebol americano no País, que já é o terceiro que mais consome conteúdo sobre o esporte no mundo.
Segundo dados da NFL, houve a geração de US$ 61 milhões (equivalente a pouco mais que R$314 milhões na cotação atual) para a cidade de São Paulo. Esses dados também se refletem no varejo.
A Centauro, parceira oficial da liga por meio de uma linha de produtos exclusivos da New Era, registrou aumento de 1,35% na compra de produtos licenciados, em comparação com o mesmo período do ano passado. Já a entidade esportiva registrou crescimento de 26% na compra de itens. Na loja oficial presente na Neo Química Arena, em São Paulo, os produtos tinha preços variados, podendo ultrapassar o valor de R$ 1,2 mil.
“A chegada da NFL ao Brasil trouxe um novo público e ampliou significativamente o interesse por artigos de futebol americano, categoria que tem crescido em nosso portfólio. Esses eventos conectam tanto atletas amadores quanto profissionais, fortalecendo e impulsionando a demanda por itens esportivos e expandindo o nosso público-alvo”, avalia Gleyce Oliveira, diretora de marketing da Centauro.
Esses dados comprovam que as varejistas esportivas também precisam se preparar para trabalhar seus pontos de venda durante eventos sazonais, tanto de caráter esportivo, quanto datas comemorativas e comerciais, como a Black Friday.
Ao falar de futebol, um dos grandes ativos é a venda de camisas de times nacionais e internacionais. Com a aproximação das finais de competições como Libertadores, que ainda conta com Botafogo e Atlético Mineiro em disputa na Copa do Brasil e no Brasileirão, esse consumo deve crescer, segundo Marcelo Chammas, diretor comercial da Netshoes.
Isso acontece porque tanto a modalidade quanto artigos esportivos em geral entraram numa seara que une conforto e lifestyle. “O conforto tem sido, se não o principal, um dos primeiros colocados no ranking de preocupações do brasileiro com o vestuário. Nesse sentido, o lifestyle esportivo casa perfeitamente com a necessidade”, explica o executivo.
Ele afirma que há uma tendência de aceitação maior desses itens em ambientes corporativos ou sociais. “Os tênis de corrida têm apresentado designs cada vez mais casuais, conservando sua tecnologia de absorção de impacto, leveza e, assim, podendo ser facilmente uma peça para uso no escritório. As camisetas de times têm sido bem aceitas em todos os ambientes, sem falar que acabam colaborando com a interação e aproximação das pessoas, afinal, futebol é um tema que une facilmente os brasileiros”.
Esses dados também se refletem no comportamento de consumo. As corridas de rua, por exemplo, têm ocupado cada vez mais o orçamento dos brasileiros que buscam experiência unida a saúde e bem-estar. Segundo uma pesquisa realizada pela Centauro, por meio da MindMiners, junto a 700 corredores, 70% dos consumidores compram tênis de corrida ao menos duas vezes ao ano, sendo que 30% gastam mais de R$ 800 por par. Já a Netshoes notou um crescimento de 20% nas vendas de produtos premium de artigos de corrida, com ticket médio acima de R$ 700.
Para Gleyce, da Centauro, esses dados são impulsionados pela mudança no estilo de vida dos brasileiros, que buscam mais saúde e bem-estar.
“Nos últimos anos, esportes como corrida, crossfit, beach tênis, futevôlei, skate, ginástica e surfe — esses três últimos impulsionados pelo sucesso de jovens ídolos brasileiros como Rayssa Leal, Rebeca Andrade e Gabriel Medina –, ganharam força, refletindo o perfil de um consumidor cada vez mais ativo e diversificado. Esse cenário representa um grande potencial de crescimento para o mercado local e oportunidades para a Centauro ampliar seu portfólio e fortalecer a conexão com os consumidores”, afirma.
Compartilhe
Veja também
Banco do Brasil recria faces de personalidades negras
Instituição financeira utilizou IA para recriar as faces de Maria Felipa, Tereza de Benguela e Luiza Mahin que eram retratadas sem rosto
São Silvestre atrai marcas para 2024 e já prepara a 100ª edição
Tradicional corrida de rua bate recorde de participação de marcas neste ano e já prepara as celebrações dos 100 anos, que serão celebrados em 2025