Os 110 anos de liberdade da Harley

Janaina Langsdorff
29 de maio de 2013 - 8h30

Ela não tem asas, mas proporciona voos de liberdade que só os apaixonados pela Harley-Davidson conseguem descrever. Não à toa, a marca, que chega aos seus 110 anos, se transformou em ícone na luta dos Estados Unidos contra os aliados de Hitler durante a Segunda Guerra Mundial. Conhecido como “Libertador”, o modelo WLA 1942 ressurgiu em 2011 no filme Capitão América, O Primeiro Vingador, pilotada pelo ultranacionalista Steve Rogers, interpretado por Chris Evans.

Outros modelos da lendária motocicleta já circularam pelos estúdios de Hollywood, como a FLSTF Fat Boy em Os Vingadores, Exterminador do Futuro e Wolverine, além da Softail Springer Classic em Indiana Jones, a XL1200C Sportster Custom em Motoqueiros Selvagens, a Night Rod em X-Men, a Hydraglide em Easy Rider e O Selvagem, a FXSTC Softail Custom em Robocop, a FXR Super em Pulp Fiction e a FLHTP Electra Glide no longa Na linha de fogo.

Tão venerada quanto as estrelas do cinema, a Harley-Davidson realiza uma série de festas em diversas partes do mundo – incluindo Tibete, Austrália, México, Roma, entre outras -, para celebrar não só o seu aniversário como também a fidelidade de pessoas que nem sequer são proprietárias de uma motocicleta da marca. Em São Paulo, a festa acontece no próximo sábado, dia primeiro de junho, no Anhembi, em São Paulo, com a presença de Bill Davidson, bisneto de um dos fundadores da companhia e hoje vice-presidente do Museu Harley-Davidson.  

A festa

Desfile com mais de mil motocicletas pelas redondezas do Sambódromo, região Norte da capital paulista, shows de rock – entre eles, da banda Capital Inicial -, além de exposição, túnel do tempo e área exclusiva para os membros do H.O.G.® (Harley Owners Group) estão entre as principais atrações do evento, que deve atrair entre cinco a oito mil pessoas. Na mídia, o momento é marcado por ações criada pela agência Moma. Lançada em março, uma delas é o vídeo O verdadeiro test ride, que já ganhou repercussão entre os harleyros de todo o País, grupo hoje estimado em cerca de 30 mil pessoas.

“A simbologia da marca transcende a relação comercial”, frisa Julio Vitti, gerente de marketing, produto e relações públicas da Harley-Davidson do Brasil. Segundo ele, a grife tem hoje 15,7% de participação no mercado a partir de 599cc. Em 2011, quando passou a ter uma operação própria no Brasil, montou quatro mil motos, volume que no ano seguinte passou para sete mil unidades produzidas na fábrica da companhia em Manaus. Ao todo, são fabricadas hoje cerca de 17 modelos das linhas Sportster, Dyna, Softail, Touring e V-Rod.