Os planos da Oakley para a NFL
Com acordo de patrocínio válido por quatro temporadas empresa quer conectar seus produtos esportivos e de estilo de vida aos hábitos dos consumidores do dia a dia
Com acordo de patrocínio válido por quatro temporadas empresa quer conectar seus produtos esportivos e de estilo de vida aos hábitos dos consumidores do dia a dia
Meio & Mensagem
27 de agosto de 2019 - 17h00
Por E.J. Schultz, do AdAge*
Depois de criar cotas de patrocínio para categorias como scanner 3D, com a marca HP, e até camas, com a Sleep Number, a NFL desenvolveu mais um segmento de parceiros. A partir desta temporada, a Oakley será o fornecedor oficial de viseiras para capacetes da liga de futebol americano. O acordo, anunciado nesta terça-feira, 27, é valido por quatro anos. Os valores não foram divulgados.
Desde 1998, a NFL proíbe os jogadores de usarem capacetes com viseiras coloridas, exceção feita a casos de recomendação médica. No entanto, a liga abrandou as regras para a firmar a parceria com a Oakley. A marca também será o fornecedor de óculos preferencial, o que significa que treinadores e jogadores serão incentivados, mas não obrigados, a escolherem óculos de sol e até mesmo óculos de graus da Oakley.
No caso das viseiras do capacete, a Oakley será o fornecedor exclusivo. Os jogadores que optarem por usar o acessório deverão usar o produto da marca. Eles poderão usar outras viseiras por recomendação médica, mas a marca não poderá estar visível. De 1998 até hoje, os jogadores puderem usar qualquer marca, desde que o produto não fosse colorido.
A viseira da Oakley usa a marca registrada Prizm. A tecnologia, segundo as peças de marketing, aprimora as cores e o contraste, o que permite ao usuário ver mais detalhes. O produto aparenta ser levemente colorido, num contraste com o visual Darth Vader que a NFL não autoriza. A visão dos rostos dos jogadores já é parcialmente obstruída com as máscaras dos capacetes, o que é uma desvantagem frente outros esportes, como beisebol e basquete, que permitem que os fãs vejam os atletas em detalhes.
“Colocar algo a mais na frente dos seus rostos foi definitivamente uma preocupação nossa”, afirma Nana-Yaw Asamoah, vice-presidente de desenvolvimento de negócios da NFL. No entanto, ele descreve a viseira da Oakley como tendo um “matiz rosa” que “ainda permitirá que o público em geral, os árbitros e a equipe médica no campo olhem nos olhos dos jogadores”.
As conversas entre Oakley e NFL começaram há dois anos, segundo o vice-presidente. “Eles realmente nos mostraram benefícios de desempenho, não apenas diminuindo a transmissão da luz de tudo o que um jogador está vendo em campo, mas também ajustando as cores e ajudando-os a partir de uma perspectiva visual”, afirma Asamoah. “Isso é algo que realmente falou conosco, em oposição a jogadores que querem usar uma viseira com tonalidade escura porque acham legal”, diz.
O patrocínio está sendo ativado com uma campanha para TV, impresso, digital e mídia OOH. Criado e produzido pela Stept Studios, o comercial (veja abaixo) tem como trilha a música What a Wonderful World, de Louis Armstrong. O vídeo mostra o futebol americano sendo jogado através das lentes Prizm por jogadores como Patrick Mahomes, JuJu Smith-Schuster e Derwin James Jr. — todos embaixadores da marca.
A Oakley considera o acordo um caminho para conectar seus óculos escuros esportivos e de estilo de vida aos consumidores do dia a dia. “A NFL é o maior esporte dos Estados Unidos, com a maior audiência. Acreditamos que este é um grande movimento e uma chance para atrairmos novos consumidores para a marca”, explica Ben Goss, diretor de marketing global da Oakley.
O patrocínio reforça os cofres da NFL. A liga e seus 32 times registraram receita de US$ 1,4 bilhão com patrocínio na temporada passada, o que representou um crescimento de 5%, de acordo com a consultoria IEG. Em 2018, a NFL fechou acordos com a Sleep Number e a HP. Além da Oakley, a liga espera anunciar mais dois patrocínios para a atual temporada – um deles da área da saúde. A NFL também está negociando um substituto para a cota da Hyundai, (carro de passageiro). A Ford continua como a picape oficial.
*Tradução: Fernando Murad
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