Os planos da Shein com as pop-up stores
Varejista online de lifestyle acelera ações off-line no País para tangibilizar conceito de moda acessível, de qualidade e preço baixo
Varejista online de lifestyle acelera ações off-line no País para tangibilizar conceito de moda acessível, de qualidade e preço baixo
Fernando Murad
10 de março de 2023 - 6h47
Neste sábado, 11, a Shein, varejista online de moda e lifestyle, inaugura sua terceira pop-up store no mercado brasileiro. Desta vez em Salvador, no Shopping da Bahia, a loja temporária ficará em operação até segunda-feira, 13. Para acessar o espaço era necessário cadastro prévio e todas as vagas disponibilizadas se esgotaram em menos de uma hora. A previsão é que mil pessoas visitem o espaço em cada um dos três dias.
Ano passado, a varejista inaugurou pop-up stores temporárias no Rio de Janeiro e em São Paulo. Cada uma recebeu 5,5 mil visitantes, sendo a unidade carioca em 10 dias e a paulistana em cinco. Em São Paulo, 90% das peças colocadas à venda com descontos especiais foram comercializadas. Em Salvador, a meta também é negociar 90% das nove mil peças disponibilizadas. No Rio, a loja foi apenas mostruário. Para comprar, as pessoas deveriam mirar o QR Code para comprar pelo app. Todas as peças expostas foram doadas para a Central Única das Favelas (CUFA).
Mas a venda não é o objetivo principal da Shein com a estratégia. A varejista asiática tem atuação orientada pelo app mobile e pelo site. O investimento no off-line, segundo Felipe Feistler, general manager da Shein no Brasil, é estar perto dos diferentes públicos do País e mostrar a eles a missão da marca: tornar a moda acessível a todos.
“As pessoas gostam de encostar na roupa. A pop-up mostra a missão da Shein com a diversidade de produtos, para crianças, homens, mulheres, plus size, e as pessoas podem sentir os pilares da marca: variedade, qualidade e preços baixos”, ressalta Felipe, que está na empresa desde maio de 2022. Antes, atuou durante quase três anos na Shopee.
Com avaliações positivas sobre as experiências de lojas temporárias, a Shein tem planos de organizar outras quatro ainda neste ano. As cidades não estão definidas. Não está descartada a possibilidade de voltar a destinos já visitados. A agência Prado é a parceria da Shein na montagem da loja de Salvador. Também trabalhou na pop-up de São Paulo.
Com 500 metros quadrados, a pop-up do Shopping da Bahia é a maior em área total já aberta pela Shein no Brasil. O espaço inclui ambientes instagramáveis onde os visitantes poderão tirar fotos de seus looks favoritos e compartilhar nas redes sociais.
Quem usar a hashtag #SHEINBahia, marcando o perfil oficial da Shein Brasil, poderá retirar um brinde exclusivo. Além disso, os visitantes terão 15% de desconto sem valor mínimo e 20% em valores acima de R$ 400. As compras físicas estarão sujeitas à disponibilidade de estoque. Caso deseje comprar um produto já esgotado em loja, o cliente poderá adquirir pelo app, com desconto especial.
“Uma vez na loja, os clientes querem transitar no online. Os mundos online e off-line, que eram separados, começam a se mesclar. Estamos descobrindo esse mundo novo pós-pandemia. As pessoas voltaram a querer experiências off-line”, conta Felipe.
Com operações que alcançam consumidores em mais de 150 países, a varejista entrou no Brasil em 2020. Na ocasião, fazendo comércio cross border. No ano passado, após a entrada do general manager, começou o processo de montagem do time comercial e de marketing – ainda em curso. Atualmente, 100 pessoas atuam no escritório de São Paulo.
O trabalho de marketing começou 100% no digital e começou a tatear o off-line no ano passado. Também em 2022, a empresa veiculou seu primeiro comercial de TV, durante a campanha de Black Friday, com a agência Otzi Filmes, e investiu em ações com influenciadores.
Em 2022, o app da Shein teve 48,8 milhões de downloads e foi o segundo mais baixado do País, segundo a empresa. No mesmo período, a varejista registrou crescimento de cinco vezes em vendas no País. “O Brasil é relevante, é Top 5 global para a Shein”, diz Felipe.
Em outra frente, a Shein foi a primeira colocada no ranking do Google das marcas de modas mais buscadas em 2022 em 113 países, incluindo o Brasil. A Zara, segunda colocada, foi a líder em 26 países, seguida por Zalando, com 18. Em 2021, a marca não esteve presente no ranking.
Para entregar a promessa de moda acessível, a empresa se baseia no modelo de produção. “É quase sob demanda. Fazemos 100, 200 peças, testamos a demanda, e só aí escalamos. O varejo tradicional faz cinco mil peças de uma vez. Se não acerta, gera estoque e perda de tecido. Estimamos redução de 20% de perdas com esse modelo”, explica o general manager.
Alvo de críticas sobre más condições de trabalho nas fábricas de fornecedores e pelo uso de materiais sintéticos derivados do refino de combustíveis fósseis, a Shein anunciou em dezembro de 2022 investimentos de US$ 15 milhões em fábricas de fornecedores.
O montante será aplicado em melhorias físicas nas plantas fabris. Serão contemplados mais de 100 projetos até o final deste ano e cerca de 300 ao final de quatro anos.
O esforço integra o Supplier Community Empowerment Program (SCEP), iniciativa da Shein para garantir que os funcionários que trabalham para seus fornecedores sejam tratados com justiça e respeito. Em 2022, foram realizadas 2,6 mil auditorias independentes nas fábricas, segundo a Shein.
Compartilhe
Veja também
Em homenagem a Gracyanne Barbosa, Méqui turbina Egg Burger
Pegando carona nos memes sobre os 40 ovos consumidos diariamente pela fisiculturista, participante do BBB 25, rede de fast food personaliza sanduíche com até dez ovos
Cross Networking fecha seis marcas para Camarote Nº1
Cross Networking trabalha expansão da marca Nº1 e amplia trabalho na gestão de marca e parcerias de artistas