Paçoquita explica como conquistou o coração de Chloe
Marca conta os bastidores da ação feita com a “garotinha dos memes” nos Estados Unidos e sua repercussão; no Brasil, ação com influenciadores mirins é motivo de discussão
Paçoquita explica como conquistou o coração de Chloe
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BuscarMarca conta os bastidores da ação feita com a “garotinha dos memes” nos Estados Unidos e sua repercussão; no Brasil, ação com influenciadores mirins é motivo de discussão
Luiz Gustavo Pacete
9 de fevereiro de 2017 - 9h20
https://www.instagram.com/p/BQLq4oNjW51/?taken-by=lilyandchloeofficial
Presenciar a pronuncia de uma marca de forma errada não é algo interessante para um profissional de marketing. Quando esse alguém é uma garotinha americana de seis anos que, há quatro anos, conquistou a internet com um vídeo fofo, a história é outra. A americana Chloe, que costuma aparecer nos canais do Instagram e YouTube de sua família – Chloe and Lilly Official – recebeu, no início do mês, uma cesta de produtos da marca Paçoquita. A mãe postou um vídeo de Chloe tentando pronunciar o nome da marca na terça-feira, 7, que, em um dia chegou a 75.041 visualizações em um perfil com 402 mil seguidores. A foto publicada passou de 37 mil curtidas. Na legenda, a mãe de Chloe escreveu “olhe para todas as guloseimas que a #chloe recebeu da @amopacoquita. Muito legal, mas acho que ela não está dizendo o nome certo. Paçaquueeta?.”
Doce, doce, a vida é um doce…
Renato Feliz, diretor de marketing da Santa Helena, explica que os pais de Chloe gravaram um vídeo, em setembro, em que ela tentava pronunciar o nome da marca. “Entendemos que devíamos associar a marca ao meme da Chloe e enviamos um kit de produtos para sua família conhecer toda a linha”, explica. Ele conta que a repercussão era esperada tendo em vista a capacidade de proliferação de memes no Brasil. “A repercussão tem sido muito positiva, pois condiz com o perfil da marca Paçoquita, que é alegre. Estamos criando uma boa relação de amizade com a Chloe, esperamos que essa amizade seja duradoura”, diz Feliz.
O executivo explica que o case envolvendo Chloe está relacionada à postura digital que a marca vem adotando. “Temos pilares de conteúdo bem definidos, o que nos permite dialogar diariamente com nossos seguidores e com publicações contemporâneas, fazendo cocriação para continuarmos sendo relevantes para eles”, diz Feliz. Ele explica que o canal do YouTube da marca tem sido um bom exemplo. “Recentemente, passamos a explorar publicações que valorizam os produtos por meio das receitas, que são produzidas pela própria agência.” Em 2014, a Paçoquita conseguiu viralizar nas redes com o lançamento de sua versão cremosa. A marca completa 35 anos em 2017. De acordo com a Nielsen, a Paçoquita é líder em pasta de amendoim no Brasil com cerca de 30% do mercado.
Apesar de comum, a ação com influenciadores mirins é alvo de discussões no mercado. No ano passado, várias denúncias de marcas que realizavam ações com crianças em canais do YouTube chegaram ao Ministério Público Federal (MPF). Luciana Corrêa, pesquisadora do ESPM Media Lab, afirma que o ambiente digital traz muitos desafios relacionados à publicidade voltada ao público infantil. “A questão não é proibir, mas existe uma responsabilidade de marcas, Ministério Público, empresas, veículos de comunicação, escolas e pais educarem os seus filhos em relação ao universo digital como um todo”, explica a pesquisadora.
Veja quando a Chloe tornou-se famosa:
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