Para CMOs, transformação digital carece de métricas
Pesquisa com líderes brasileiros aponta que desafio central é falta de tangibilidade de investimentos
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Salvador Strano
24 de julho de 2019 - 9h48
Enquanto setor financeiro se apropria da questão digital de modo mais intenso, a adoção em outros setores, como varejo ou bens e consumo, tem sido mais tímido (Crédito: SeventyFour / iStock)
Para 12% dos CMOs de grandes empresas brasileiras, a maior dificuldade da transformação digital é comprovar resultados dos investimentos. O dado é fruto de uma pesquisa realizada pela E-Consulting com 291 líderes de marketing entre as mil maiores empresas do País. Entre os executivos, 11% afirmaram que, no longo prazo, o desafio é obter resultados concretos que motivem acionistas a investirem no conceito.
Já para 10% dos entrevistados, a barreira está na capacidade de investimento menor do que o necessário. E, para 9%, o obstáculo é não saber lidar com o manuseio dos dados para conhecer o usuário, o cliente ou o consumidor. As entrevistas foram feitas de fevereiro a junho deste ano.
14% dos CMOs investiram em transformação digital para ampliar o relacionamento com o cliente. Para 13% dos entrevistados, o motivo foi a globalização seguida da amplificação dos padrões de escolha e consumo
Mas, para além das dificuldades, ainda não há um consenso sobre o objetivo de transformar digitalmente uma empresa. Segundo a pesquisa, a maior parcela dos respondentes, 17%, acham que o papel da mudança é preparar os negócios das empresas para o futuro. Para um grupo também de 17%, é uma resposta tecnológica à pressão de clientes, consumidores e usuários.
“Entretanto, há uma diferença de percepção entre setores. Nos bancos, a questão digital é muito mais quente, e há uma apropriação do tema muito mais agressiva. Outros setores, como varejo ou bens e consumo, isso é bem tímido”, afirma Daniel Domeneghetti, coordenador da pesquisa e CEO da E-Consulting.
Da porta para fora
Como motores externos da transformação digital, 14% dos CMOs indicam que investiram para ampliar o relacionamento com o cliente, usando a favor o consolidado cenário de conectividade digital. Para 13% dos entrevistados, outro motivo para realocar recursos é a globalização seguida da amplificação dos padrões de escolha e consumo. Outra parcela de executivos, 13%, separa o orçamento por conta da popularização do tripé: revolução tecnológica, universalização de acesso e barateamento das tecnologias.
Ainda segundo a pesquisa, 11% dos CMOs investiriam em transformação digital como resposta à pressão do mercado, enquanto 9% poderiam aderir ao conceito para se diferenciar dos concorrentes. Para 9%, investir em tecnologias digitais teria um foco de crescimento nas vendas em função do acesso a novos mercados e segmentos.
Já 8% dos líderes enxergam no conceito a melhor maneira de conhecer o cliente, consumidor, usuário por meio da inteligência de dados. Para 7%, o principal motivo é a combinação de aumento de eficiência, sinergia e produtividade com redução de custos aliados a novos métricas produtivas.
*Crédito da foto: From2015/iStock
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