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Pernambucanas: das porteiras aos portais

Varejista, que completou 105 anos em 2013, abre pela primeira vez as portas do seu Memorial


14 de abril de 2014 - 8h00

Uma viagem no tempo, na história da marca e da própria publicidade brasileira. É o que a Pernambucanas propicia ao abrir, pela primeira vez, as portas do Memorial Pernambucanas à imprensa. O Meio & Mensagem foi um dos primeiros veículos a conferir o espaço, que abriga também uma universidade corporativa da varejista, que possui hoje 16 mil funcionários. Mas até o mês passado o Memorial permanecia como um tesouro escondido, em São Paulo, ao qual ninguém de fora da empresa tinha acesso.

Com 105 anos de idade, completados em 2013, história é o que não falta à marca, fundada pelo sueco Herman Theodor Lundgren, após aquisição da Companhia Paulista de Tecidos, no município de Paulista (PE), na década de 1910.

Ugo Trajano foi uma das pessoas que nos recebeu recentemente no Memorial, criado em 2005. Com 53 anos de empresa, 32 dos quais dedicados à “publicidade e promoção”, ele é um “zelador” especial do espaço e de todas as histórias da marca. Com prazer visível, Trajano mostra algumas das fotos que compõem um acervo de 70 mil fotos e imagens. Algumas exibem os primeiros anúncios da marca, feitos em locais como lonas de circo, pedras e porteiras pelo interior do País. Daí a brincadeira de Rogério Marques, atual diretor de marketing da companhia, de definir o histórico de comunicação da rede como “Das porteiras aos portais”.
 

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Exibir rolos de tecidos em frente às lojas, para mostrar que chegou novidade, era outra forma de publicidade; mulheres como funcionárias nas lojas, só na década de 70. Antes disso, somente homens e engravatados.

A partir da década de 50, já na era do rádio e da TV, como não lembrar de campanhas como “Quem bate?” e “Dezembro vem o Natal” (relembre assistindo aos vídeos abaixo), ou da vibração de um jingle como “Sua vida faz a nossa vida”, com criação do músico Zé Rodrix?

Tudo está organizado no Memorial, que possui também muitos objetos, como máquinas registradoras antigas e um Manual de Procedimentos, da década de 1930. A intenção, a partir de agora, segundo Rogério Marques, é abrir mais o espaço para públicos como a imprensa e escolas de comunicação, entre outros.

Empresa hoje

Em seus primeiros anos de atuação no varejo, a distribuição das lojas da Pernambucanas costumava seguir as linhas de trens, obviamente, por questões logísticas da época. E não raro as mercadorias que chegavam às estações eram transportadas de lá até às lojas em carros de boi.
Hoje, a marca possui 304 lojas em sete estados (São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais) e tem meta de chegar a 325 lojas, em 2014.

As inaugurações estarão concentradas principalmente nos estados de São Paulo e do Paraná.
Segundo Rogério Marques, os negócios da rede estão segmentados em quatro categorias de produtos: moda, lar/têxtil/decoração, eletrônicos e produtos financeiros. “São todos negócios importantes, com momento de compra diferentes”, afirma o executivo, ao ser instigado a revelar a categoria (ou categorias) mais significativa para a empresa. O posicionamento da rede, hoje atendida pela JWT – e em digital também pela agência ID – é oferecer “soluções para moda, casa e eletro”, prezando pelo relacionamento próximo com os consumidores. Em 2012, segundo os últimos dados divulgados, a Pernambucanas faturou R$ 4,6 bilhões .
 

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