Pesquisa aponta crescimento em investimentos em RP para 2024
O relatório organizado pela Motim ouviu uma centena de startups para entender qual a preocupação dos negócios com a comunicação e marketing
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Renan Honorato
6 de novembro de 2023 - 15h25
“Qual o entendimento das startups sobre relações públicas?”, foi essa a questão principal que a pesquisa organizada pela Motim tentou responder. A Pesquisa Nacional sobre o Impacto de Relações Públicos no Mercado de Inovação reuniu dados sobre essa percepção e, também, sobre o futuro do setor para 2024.
Dados apontam que mais de 70% das empresas de inovação devem aumentar ou manter os orçamentos em reputação institucional no próximo ano. Nesse sentido, a pesquisa demonstra que os principais objetivos desse investimento são criar “maior visibilidade”, “credibilização de marca e lideranças”, “aquisição de novos clientes” e “melhorar a relação com investidores”. Apesar desses fatores positivos, o investimento em RP são os menores, em comparação a outros serviços de marketing, estando na média de 5% em verba – apenas 10% investem mais 20%.
Todavia, o fundador e CCO da Motim, Silas Colombo, explica que essa aparente contradição nos dados pode ser explicada pela segmentação da comunicação. “Primeiro, a divisão de relações públicas dentro das planilhas de budget de marketing, geralmente, faz referência especificamente às assessorias de imprensa. Que ainda é um serviço barato, perto dos custos de publicidade de marketing envolvem também compra de mídia paga, por exemplo”, diz. O profissional também destaca que isso acontece porque os investimentos com relações públicas são constantes e fragmentado pelos meses. O que é diferente de iniciativas de marketing que envolvem quantias precisas em determinado período.
Além disso, 96 das 100 empresas entrevistadas acreditam que trabalhar a comunicação consolidada em princípios institucionais sólidos pode fazer com que elas sobrevivam a períodos de crise. Ao mesmo tempo, quase 60% avaliam que empresas que tenham um robusto trabalho em comunicação não precisam depender de mídia para continuar crescendo. Para o estudo, foram consideradas empresas em três maturidades de negócio: empresas no começo de operações; scale-ups e unicórnios, empresas já consolidadas e que valem mais de 1 bilhão de dólares.
“As startups, principalmente as early stages, têm dificuldade em gerar visibilidade de médio e longo prazo, e principalmente na aplicação prática da construção de reputação perene. Porque isso depende de você conhecer muito bem o público e ter uma maturidade elevada de produto. Como essas startups mudam e evoluem muito o produto e vão descobrindo o público pelo desenvolvimento da empresa, fica mais complexo essa aposta em estratégias de longo prazo”, explica.
Ao mesmo tempo, Colombo destaca que as agências de relações públicas devem trabalhar de forma didática e pragmática, a partir de dados, os benefícios desse tipo de trabalho. “Ainda, existe um vício no mercado de que PR é um investimento a longo prazo e startups, principalmente, têm uma visão de longo prazo muito nublada ainda. Só que PR não gera valor ao longo prazo, quanto mais você investe, mais ele gera valor”, diz.
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