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Pesquisa revela dados do ensino superior nas favelas

G10, grupo das favelas com maior potencial econômico do País, tem consumo anual de R$ 9,9 bilhões no ensino superior


13 de julho de 2021 - 15h21

76% estão matriculados em instituições que normalmente oferecem aulas presenciais e desse número, 59% estudam em instituições fora da comunidade (Crédito: igor-alecsanderistoc_istock)

Uma pesquisa realizada pelo Outdoor Social Inteligência, instituto de pesquisas especializado na classe C, entrevistou estudantes do G10, grupo das favelas com maior potencial econômico do País, para colher informações sobre os gastos com educação na região. Os dados mostram que o G10 tem consumo anual de R$ 9,9 bilhões no ensino superior e 59% estudam em instituições fora da comunidade e cursos técnicos são a maioria. 

Dos 435 entrevistados, 60% são matriculados em cursos técnicos, gerando R$ 84 milhões, e 40% na faculdade, gerando R$ 75 milhões, ambos anualmente. “A maior procura por cursos técnicos tem como motivação uma capacitação de curto prazo, já voltado para o mercado de trabalho. Contudo, 40% é um ótimo índice em relação às faculdades que seguem uma crescente. Temos notado que, cada vez mais, as pessoas desses territórios têm buscando uma vida acadêmica”, conta Emília Rabello, fundadora do instituto. 

Diante desses números, entre os alunos que disseram estarem matriculados em cursos técnicos, 47% possuem bolsa ou estudam em instituição pública e, nas unidades privadas, o ticket médio é de R$ 300. Já nas faculdades, apenas 17% são bolsistas ou estudam em universidades públicas, e o ticket médio para os pagantes é de R$ 531.

Com relação ao que está sendo estudado, quase metade dos entrevistados, 48%, está em um curso da área de humanas, seguido por 31% na área de exatas, 20% em saúde e biológicas e 1% na área agrária. Já sobre o modelo de educação, 76% estão matriculados em instituições que, normalmente, fora das condições de pandemia, oferecem aulas presenciais e, desse número, 59% estudam em instituições fora da comunidade, apenas 17% acessam a educação em um curso oferecido dentro da comunidade onde vivem.

As instituições destacadas
Sobre as instituições mais cursadas, o grupo Laureate, responsável pelas faculdades FMU, UNIFACS, Anhembi Morumbi, FiamFaam,  ficou em primeiro lugar como as mais cursadas pelos entrevistados com 14%; seguida pela Unip, com 10%; o grupo Kroton (Anhanguera, Unime e Unopar), com 10%, assim como a YDUQS (Estácio e Área), e 7% citaram a rede Ser Educacional, das faculdades Univeritas e Uninassau.

**Crédito da imagem no topo: Marvin Meyer/Unsplash

 

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