Gerações têm dificuldades para encontrar informações sobre finanças
Dado foi revelado por uma pesquisa do Serasa, que analisou o comportamento de quatro gerações no que diz respeito à relação com finanças pessoais
Gerações têm dificuldades para encontrar informações sobre finanças
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BuscarDado foi revelado por uma pesquisa do Serasa, que analisou o comportamento de quatro gerações no que diz respeito à relação com finanças pessoais
Giovana Oréfice
14 de agosto de 2023 - 15h20
Em meio ao contexto de digitalização constante, o segmento financeiro foi um dos que sofreram mudanças ao longo do tempo, conforme indica nova pesquisa do Serasa.
O estudo “A Relação das Gerações com as Finanças Pessoais” indica que plataformas online e redes sociais são a principal fonte de dados sobre a temática, mas destaca que ainda existem dificuldades para encontrar informações sobre educação financeira.
O levantamento foi apresentado nesta segunda-feira, 14, em evento presencial e online voltado para a imprensa e criadores de conteúdo. Os resultados, obtidos por meio de pesquisa com mais de 4 mil brasileiros, foram expostos e debatidos pela jornalista Mari Palma, ao lado de Patrícia Camilo, porta-voz do Serasa, e Julia Villela, head de insights na Opinion Box.
As redes sociais se mostraram a principal fonte de aprendizado sobre finanças entre as gerações X (34%), Y (41%) e Z (44%). Mas, para os baby boomers, amigos e familiares têm o maior peso, com uma 34% das respostas. As redes sociais ficam com 15%, seguida de buscadores como Bing e Google (17%).
Plataformas digitais chamam a atenção pela facilidade de linguagem e agilidade para acesso de conteúdos. 41%, 45% e 49% das gerações X, Y e Z, respectivamente, buscam em tais canais devido à facilidade de entendimento nos conteúdos.
Entre os entrevistados mais velhos, os sites (31%) são meios on-line relevantes como fonte de aprendizado, contudo, tem maior credibilidade com a chancela de nome de instituição por trás. Este grupo também abraça menos os influenciadores digitais de finanças, com uma aderência de apenas 10% contra 37% da geração Z.
Um desafio encontrado pelo Serasa e pela Opinion Box foi a dificuldade para encontrar informações sobre educação financeira. Apesar do fácil acesso à informação e variedade de canais disponíveis, muitas vezes não é simples encontrar conteúdos. Essa foi uma alegação de 31% e 32% dos pertencentes às gerações Y e X, e de 42% dos baby boomers. Muitos sequer sabem onde encontrar as informações, como é o caso de 18% da geração Y, por exemplo.
Neste sentido, Mari Palma ressaltou o papel de comunicadores e criadores de conteúdo em adaptar linguagem para maior entendimento da temática por parte da população brasileira, bem como a responsabilidade desses atores ao lidar com o tema nas redes sociais ou outros canais.
Alguns respondentes afirmaram ter aprendido após experiências ruins de exemplos errados anteriores, como é o caso de um homem de Minas Gerais, da Geração Y. “Somente depois de afundar financeiramente descobri os caminhos. Aprendi com os erros que cometi”, relatou uma baby boomer de São Paulo.
É importante ressaltar que, quanto mais nova a geração, maior é a variedade de fontes consultadas. Multiconectada, a Gen Z se mostra com uma confiança mais padronizada em todos os meios, desde livros sobre finanças (este com 68% da confiança, a maior registrada. O mesmo destaque vale para a geração X, com 69%), matérias divulgadas na imprensa, orientações das empresas em que trabalham, entre outras.
Já os baby boomers se caracterizam por ter uma visão mais crítica, a qual Julia e Patricia atribuem a maior vivência de cenários econômicos ao longo dos anos, bem como experiência de vida em relações pessoais e de terceiros. A desconfiança se estende, ainda, a aplicativos bancários para a movimentação de dinheiro independentemente do valor (55%), por exemplo. No geral, eles optam por realizar a maioria das transações bancárias em agências físicas.
Ademais, a acessibilidade às finanças se estende à usabilidade de plataformas por parte dos mais velhos. Aplicativos não são pensados e desenvolvidos de acordo com a diferença geracional. 27% dos baby boomers não utilizam apps de finanças para controle de gastos pela dificuldade de mexer nos serviços. Entre as gerações X e Y, a queixa prevalece para 18% e 19% dos entrevistados, respectivamente. Além disso, caderno se mantém relevante como ferramenta de registro e controle de gastos.
Ainda que o acesso à conteúdo gratuito tenha sido facilitado pela Internet, a busca pela informação sobre finanças não deve ser apenas ativa. Todas as faixas etárias consultadas pela pesquisa do Serasa acreditam que a educação financeira é uma função da família. 70% dos Baby Boomers e 58% dos membros da geração Z têm essa crença.
Apesar disso, gerações mais jovens apostam na escola e na evolução do sistema educacional como parte fundamental desse processo. Entre a geração Z, 60% concordam que a educação financeira é uma função da escola. Mais da metade (52%) da Geração Y também pensa o mesmo.
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