Polícia Federal faz operação contra ex-executivos da Americanas

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Polícia Federal faz operação contra ex-executivos da Americanas

Investigação pediu prisão preventiva de Miguel Gutierrez, CEO da companhia no período das fraudes contábeis


27 de junho de 2024 - 10h15

Polícia Federal Americanas

(Crédito: Shutterstock)

Na manhã desta quinta—feira, 27, a Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão contra ex-executivos e diretores da Americanas. A ação é resultado de investigação a respeito do rombo contábil revelado pela empresa em janeiro de 2023.

De acordo com reportagem da Folha de S.Paulo, cerca de 80 policiais participam da operação, que ganhou o nome de “Disclosure”, termo usado para indicar a revelação de situação financeira de empresas. A operação foi autorizada pela 10ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.

Entre os alvos da operação está ex-CEO da Americanas, Miguel Gutierrez, que liderou a companhia até dezembro de 2022. Segundo a Folha, a Polícia Federal tem um mandado de busca e prisão preventiva contra Gutierrez, que está fora do Brasil.

Em junho do ano passado, a empresa apontou a diretoria anterior como responsável pelas fraudes contábeis identificadas. Após investigação interna, foi revelado, ainda, os esforços da liderança para ocultar “a real situação de resultado e patrimonial”.

A investigação identificou “diversos contratos de verba de propaganda cooperada e instrumentos similares (VPC), incentivos comerciais usualmente utilizados no varejo, que teriam sido artificialmente criados para melhorar os resultados operacionais, como redutores de custo”. Esses lançamentos, “feitos durante um significativo período”, chegaram, em números preliminares, a R$ 21,7 bilhões em 30 de setembro de 2022.

Além de Miguel Gutierrez, também é alvo de mandado de prisão preventiva a ex-diretora Anna Saicali, que também deixou o Brasil.

Outros ex-executivos da empresa também são alvos da operação. São eles: Anna Christina Soteto, Carlos Eduardo Padilha, Fabien Picavet, Fabio Abrate, Jean Pierre Ferreira, João Guerra Duarte Neto, José Timotheo de Barros, Luiz Augusto Henriques, Marcio Cruz Meirelles, Maria Chirstina Do Nascimento, Murilo dos Santos Correa e Raoni Lapagesse Franco. As penas podem chegar a até 26 anos de reclusão.

A Polícia Federal baseia a operação “Disclosure” em investigações e informações obtidas a partir do acordo de delação premiada firmado com Marcelo Nunes, ex-diretor financeiro da Americanas, e com Flávia Carneiro, líder de controladoria da B2W.

Também segundo a Folha, a investigação apontou que irregularidades praticadas por ex-funcionários da Americanas tinham o propósito de alcançar metas financeiras em troca de bonificações, o que acaba aumentando o valor de mercado da companhia de forma ilícita.

A crise contábil da Americanas

Em janeiro de 2023, a Americanas surpreendeu o mercado ao revelar, via Fato Relevante, a descoberta do que classificou como “inconsistências contábeis” no valor de R$ 20 bilhões.

A revelação motivou a saída de Sergio Rial, que havia sido contratado meses antes – e assumido o posto no primeiro dia daquele ano – para substituir Gutierrez. André Covre, também recém-chegado para liderar a diretoria financeira, deixou a companhia.

No mesmo mês, a Americanas entrou com pedido de recuperação judicial e declarou que suas dívidas totais ultrapassavam os R$ 42 milhões. A maior parte dos credores da companhia são bancos.

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