Ricardo Fort
19 de abril de 2011 - 12h07
Tenho visto em diversas empresas uma decadência (pra não dizer desrespeito) do papel da área de Marketing nos processos de decisão. E sabe quem são os culpados ? Nós mesmos.
Perdidos numa conversa que muitas vezes só interessa aos marketeiros, acabamos falando sozinho. A segmentação e especialização do trabalho acabou deixando com o Marketing uma parte do business que é altamente supérflua: o futuro. Sob uma pressão por resultados e concorrência nunca antes vista, os líderes das empresas estão muito ocupados, tentando sobreviver e resolver o curto prazo, pra se preocupar e investir no futuro.
Nesse contexto tudo vira tático. Pra que preocupar-se com a construção de equity para as marcas (que a propósito é algo que requer uma certa sofisticação em modelagem pra ser avaliado seriamente), se podemos investir em ações no ponto de venda e ver o resultado imediatamente?
A solução não está em brigar com essa realidade, mas adaptar-se a ela e tratar de influenciá-la pra ter um melhor equilíbrio entre o curto e o longo prazo.
Eu acredito no poder das marcas. Ganho a vida com isso.
Acredito que elas constroem relações duradouras com as pessoas e geram resultados melhores para as empresas.
Marcas fortes deixam os consumidores menos sensíveis a preços. E a empresa se torna menos vulnerável à concorrência.
Sem as marcas, as empresas não passam de um amontoado de produtos que podem ser substituídos a qualquer momento ou promoção da concorrência.
Mas, por favor, seja sensato… não se perca nas discussões de brand building, equity e estratégias sofisticadas. No fim do dia, as marcas são um meio, não um fim.
Defenda a construção do futuro das marcas mas seja flexível às necessidades do dia a dia.
Assim, quem sabe, você volta a fazer parte das discussões.
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