Edmar Bulla
4 de maio de 2011 - 1h33
O bom Peter Drucker já dizia que “o propósito de um negócio é criar um consumidor”. Difícil dizer que Mr. Drucker tenha errado em alguma de suas mais notórias citações, mas podemos construir variações sobre este tema.
A era das marcas-sociais está apenas começando e decretou o fim das marcas-mito. É preciso perceber a diferença entre uma marca simplesmente existir ou participar ativamente de um contexto cultural, porque marcas sociais possuem um propósito e estão naturalmente inseridas em valores culturais. Elas interferem, guiam e criam tendências. Antes de venderem produtos, empresas de marcas sociais estão preocupadas em se tornarem icônicas para as pessoas.
Para uma marca atuar com propósito e foco é preciso que ela saiba compartilhar um interesse real com as pessoas. O valor cultural é o elemento codificador desse diálogo, pois ele cria a identidade comum entre marcas e pessoas. A partir daí, a marca precisa mostrar qual é sua função, para que a promessa não se esvazie. Depois disso é que se estabelece a relação de consumo.
Nesse contexto – e mui respeitosamente – a citação de Mr. Drucker pode ser continuada e “o propósito de um negócio é criar um consumidor” que cria novos consumidores. Isso acontece através da atuação social de uma marca como parte do quotidiano das pessoas, a partir da sua relevância cultural e da utilidade a que se propõe.
Acredito que antes de engajar-se com um produto um consumidor estabelece um vínculo com uma marca. A mídia é apenas o facilitador desse processo de namoro entre as duas partes. Se eu gosto de algo, tenderei a falar sobre isso e demonstrar o meu engajamento emocional. Assim acontece com as relações marca-pessoa e produto-consumidor.
A maneira mais saudável de edificar um negócio sustentável é investir na construção de marcas sociais. Em sua última instância, o propósito de um negócio passa a ser o de criar marcas admiradas e amadas, que possam estimular a venda de produtos e conquistar consumidores fiéis que criem, sempre e continuamente, novos consumidores.
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