Meio & Mensagem
25 de maio de 2011 - 11h18
Muito se fala e se lê sobre conteúdo ser o rei do momento mas, o que estamos fazendo hoje é ainda uma etapa super-preliminar da coisa toda, face o enorme potencial que o universo de conteúdo permite.
Co-branded, oferecimento, canal especial, etc, etc, são ainda, em grande parte (há exceções, claro), novos nomes bonitinhos para os antigos (vira e mexe ainda vejo um por aí, santa capacidade de sacar dinheiro alheio!) informes publicitários.
Quantas publicações customizadas vão direto pro seu lixo? Quantos oferecimentos de conteúdo estão longe do core business do anunciante e não criam nenhuma associação com a marca ou com o produto? A quantos shows você foi nesses últimos anos que não é capaz de lembrar que marcas te “deram” aqueles momentos de prazer?
Obviamente existem cases de enorme sucesso. Citaria o Planeta Terra, que dizem ser um dos produtos mais rentáveis do Terra, e que, portanto, se transformou um marketing que dá lucro! (e não só pro Terra).
O grande desafio não está em colocar a sua marca no nome do conteúdo (muitas vezes essa pode ser uma viagem muito ruim e sem volta), seja show, corrida, teatro, etc, mas sim em superar o olhar de relevância de PowerPoint – aquela que o cliente “compra” em lindas apresentações, cheias de termos em inglês, em salas bacanas de agências – e se preocupar, sim, com a relevância real do conteúdo que se está propondo, a relevância que interessa, a do público.
Como nós não sabemos fazer ppt’s mirabolantes, somos ruins em decorar os termos todos em inglês, e muito temos menos salas lindas para impressionar clientes, temos tido que trabalhar na relevância real, a do público, a da galera, buscando as sinergias já existentes (não criando factóides ou teorias lindas em vídeos incríveis) e descobrindo onde podem estar os links verdadeiros entre nosso conteúdo e o público do cliente.
E temos descoberto alguns (às vezes tentamos e não conseguimos) e, posso afirmar com segurança: quando se encontra um link real, que tem significado para o público e que foi corretamente detectado (não inventado) pela marca, aí vivemos um momento sublime onde “Content is King”, criando um link poderoso, engajamento duradouro e, principalmente, uma relação VERDADEIRA entre marca e seu público, difícil de ser superado pela mais criativa das estratégias de propaganda.
Content is just content, you can make it King.
* Bob Wolheim é sócio fundador da Sixpix Content (youPiIX, ResultsOn e SMW/Brasil)
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