Amir Somoggi
6 de dezembro de 2011 - 9h55
O Campeonato Brasileiro – Série A se encerrou no domingo com grande emoção, com confrontos eletrizantes, com milhões de torcedores em todo o país acompanhando nos estádios e pela mídia o desempenho de seus times.
A competição mais importante do futebol nacional foi um sucesso esportivo, mas ainda está muito aquém da realidade praticada em alguns mercado mais desenvolvidos. Mas esse não é o tema do meu post.
Quero falar sobre o rebaixamento do Atlético-PR, clube tradicional de Curitiba e disparado o clube melhor administrado do país, pelo menos em termos gerenciais.
O Furacão, como é conhecido, não possui dívidas, é de longe o clube que apresenta o maior superávit do futebol brasileiro nos últimos anos, tem uma estrutura invejável e não gasta mais do que arrecada.
Com esse modelo equilibrado, mas em um mercado sem regulação como o futebol brasileiro, onde os clubes em geral gastam o que tem e o que não tem e se endividam para montar times competitivos, o Atlético-PR não tem muita chance de sucesso.
Quando comparados os números do cube em relação aos outros, as diferenças dos modelos de administração ficam bem claros.
Em 2010, enquanto o Atlético-PR investiu R$ 40,8 milhões na manutenção do departamento de futebol, o Corinthians, que sagrou-se campeão, por exemplo, despendeu R$ 153,4 milhões. Essa diferença é colossal, e tende a se acentuar nos próximos anos, como receitas maiores geradas pelos grandes clubes.
Enquanto o Furacão não apresenta dívidas, os clubes que figuraram nas quatro primeiras posições da competição em 2011( Corinthians, Vasco da Gama, Flamengo e Fluminense) somaram dívidas de R$ 1,2 bilhão em 2010. E ao que parece esse número deve subir nesse ano.
Assim, a queda do Atlético-PR pode erroneamente ser utilizada como justificativa para que o clube mude seu modelo de administração. O que em minha opinião seria uma lástima.
O mercado brasileiro precisa urgente buscar um modelo de regulação na administração dos clubes, para que o crescimento mercadológico atual, não sirva para alimentar o atual modelo de endividamento e debilidade financeira de nossos clubes.
Ou então continuaremos premiando com títulos, clubes endividados e penalizado com o rebaixamento, clubes bem administrados.
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