Por que Mulher Maravilha não é só um filme de heroína
Longa deriva de um processo de reposicionamento da Warner e DC em relação à diversidade de gênero
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Luiz Gustavo Pacete
1 de junho de 2017 - 12h20
O lançamento do longa Mulher Maravilha, nesta quinta-feira, 1º, reúne alguns elementos que vão além da expectativa dos fãs ou do interesse do mercado em faturar com licenciamento. A chegada da heroína às telonas consolida um processo de reposicionamento da Warner Bros e da DC diretamente associado à discussão sobre diversidade de gênero.
Há muito tempo se discutem a representação e o espaço que as mulheres devem ocupar no universo de heróis. Esse movimento se acentuou nos últimos anos. Em outubro de 2015, as duas empresas já testavam um novo modelo com a estreia de Supergirl, uma série dedicada a personagens femininas. A linha de licenciados derivada da série, em parceria com a Mattel, também reforçou esse posicionamento.
Warner reforça adesão à equidade de gênero
Na ocasião, em entrevista ao Meio & Mensagem, Marcos Bandeira, gerente-geral da divisão Consumer Products da Warner Bros Brasil, afirmou que a empresa possui um objetivo claro de reforçar a discussão sobre igualdade de gêneros em suas histórias. “O lançamento da série e da linha de licenciados com a Mattel é um marco de tudo aquilo que precisamos avançar em relação ao tema”, disse Bandeira.
A simbologia e o contexto de Mulher Maravilha reforçam a expectativa do mercado também em termos de negócios. Rafael Eckmann, diretor de planejamento da agência Score Group, acredita que a força da personagem está em seu contexto e representatividade. “Fundadora da Liga da Justiça e importante inspiração para o universo feminino geek, essa personagem alavanca vendas de projetos que querem extrapolar o contexto previsível feminino”, diz Rafael. A Score foi responsável por desenvolver, em parceria com a Cinemark, um balde 3D da personagem.
Felipe Rossetti, sócio fundador da Piticas, rede especializada em camisetas licenciadas, conta que Mulher Maravilha é o maior investimento da rede no ano. “A nossa expectativa é que seja o blockbuster de 2017. Foi o maior investimento em marketing e mídia recente, vestimos todos os 280 pontos de venda com a super-heroína. Acreditamos que as camisetas devam representar de 10% a 13% das vendas do mês, considerando que normalmente esse número se mantém entre 1% a 2%”, ressalta Rossetti.
Para Renan Pizii, sócio da CCXP e CEO da Iron Studios, fabricante e desenvolvedora brasileira de colecionáveis, a personagem possui relação com várias gerações. “A base de fãs dela está muito atrelada a ser um ícone que sua vó gostou, sua mãe gostou e assim por diante.” Renan reforça que o fato de ter um filme com foco integral em um personagem também ajuda em termos de negócios. “O foco fica mais direcionado e conseguimos trabalhar o produto muito melhor”, diz Pizii.
“O filme é um marco, pois é o primeiro de uma heroína desde o renascimento do gênero nos cinemas no início dos anos 2000. É uma personagem com mais de 75 anos de história e uma das mais conhecidas do mundo”, diz Ivan Costa, sócio da CCXP e CEO da Chiaroscuro Studios, agência de quadrinistas brasileiros e internacionais.
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