Quais são as estratégias por trás da ilha do Bradesco no Fortnite?
Desde o lançamento, Braland acumula mais de sete mil usuários ativos e integra plano de longo prazo do banco para comunidade gamer
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Renan Honorato
17 de outubro de 2023 - 7h47
Há cerca de três anos, o Bradesco começou a planejar como se aproximar da cultura gamer. A princípio, as iniciativas eram via Next, seu banco digital, e incluíam ações como descontos aos usuários da modalidade ou parcerias com lojas de informática. Em 2021, contudo, o Next passou a patrocinar o Fluxo, time de Free Fire criado pelos gamers Nobru e Cerol — contrato já encerrado. Após três anos estudando possíveis parceiros, em setembro, o Bradesco criou uma ilha personalizada no Fortnite, da Epic Games.
Chamado de Braland, o espaço virtual foi desenvolvido pela 3C Gaming, em conjunto com os influenciadores Sharshock e Clebito. A ilha – como são nomeados os espaços de gameplay – busca recriar alguns elementos tradicionais do ecossistema Bradesco. Por exemplo, o Teatro Bradesco, o Palácio Avenida, o Barco Voyager e o inovabra, hub de inovação do banco.
O lançamento da ilha acontece junto com a campanha “Bora Upar no Game”. A campanha tem participação de influenciadores, como Sharshock, Patriota, Letiltz, Kenno, JinkyWink e Bagi. Para Paulo Aguiar, sócio da 3C, Fortnite oferece para marcas possibilidades criativas mais atrativas. Até o momento, foram mais de sete mil usuários interagindo na ilha desde o lançamento.
“A visão do Braland é ser uma plataforma de longo prazo em que o Bradesco consiga se relacionar com os consumidores independente da campanha que esteja rolando”, comenta. Além disso, o profissional destaca que, ao contrário das marcas endêmicas do cenário, que muitas vezes são objetos de desejo, as instituições financeiras trabalham mais nos bastidores, podendo até mesmo ser consideradas alicerces para atividades nos jogos, já que operam transações de moedas.
Para a diretora de marketing do Bradesco, Nathália Garcia, a comunicação com essa comunidade deixa de ser consumida estritamente via publicidade e passa por um processo de aproximação e criação de elos de confiança que são intermediadas pelos creators. “O mercado financeiro já se posicionou em relação aos patrocínios de times, nossa ideia, portanto, é crescer dentro da Braland desenvolvendo entregas que façam o jogador evoluir dentro do game”, diz.
Dentro do espaço estão cinco minigames que funcionam a partir de um mecanismo de recompensas por moeda que podem ser multiplicadas em réplicas da agência bancária dentro da Braland. No dia do lançamento da ilha, o espaço teve sete vezes mais acessos do que outros mapas criativos de marcas não endêmicas, segundo o banco. Durante o período, foram mais de 36 milhões de impressões nas redes sociais do Bradesco com crescimento da recepção positiva em 36%. “Para nós é superimportante estar presente na transformação de vida desse público que está começando agora”, ressalta Nathália.
Um dos pontos trabalhados pela comunicação do Bradesco é desmitificar os pré-conceitos de que, para ser cliente do banco, é preciso ter um valor elevado de investimento. “A partir de um real uma pessoa já consegue investir, então, uma das nossas preocupações é quebrar esses mitos e mostrar que o banco pode acompanhar o crescimento financeiro do gamer, seja na compra de moedas nos jogos ou financiar um carro”, comenta. O Bradesco também oferece alguns benefícios voltados ao público gamer, como descontos em lojas, como Samsung, Redragon, Casas Bahia, ou em assinaturas, como na ExitLag.
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