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#Racismozero: Projeto busca acabar com o racismo no varejo

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#Racismozero: Projeto busca acabar com o racismo no varejo

Projeto da Faculdade Zumbi dos Palmares em parceria com a helpZ conta com a P&G como articuladora


25 de janeiro de 2023 - 7h59

Racismo zero

José Vicente, reitor da Universidade Zumbi dos Palmares e André Felicíssimo, presidente da P&G Brasil, apresentam o #Racismozero (Crédito: Leo Orestes)

Em um evento realizado pela P&G, nesta terça-feira, 24, a Faculdade Zumbi dos Palmares anunciou o projeto #Racismozero.

Com a proposta de combater o racismo no varejo e no setor de serviços, a ação se baseia em três pilares:

– ‘Seja antirracista’,

– ‘Ofereça ambientes seguros’

– ‘Acolha as vítimas’

O programa já existe desde o final de 2022, mas, a partir de agora, a P&G assume o papel de articuladora, junto ao P&G Racial 360. A companhia é também a primeira a entrar na iniciativa.

As empresas que desejarem aderir ao movimento podem preencher o formulário no site www.racismorezo.com, para receber a proposta de adesão.

O primeiro pilar busca despertar a atitude antirracista em cada um, possibilitando desconstruir o racismo no pensar e no agir.

Já o segundo quer preparar os espaços de convivência para que não permitam e nem aceitem manifestações de intolerância racial

Para isso, o movimento apresenta 10 princípios para o enfrentamento ao racismo nas relações de consumo. E conta também com uma habilitação das empresas através de um selo, que será concedido ao aderir aos princípios, qualificar as equipes e torna-los acessíveis. 

selo racismo zero

Por fim, o terceiro pilar, consiste em um botão de pânico para vítimas de racismo,  com acesso gratuito através do site www.acolhe.black, junto a divulgação da ferramenta em estabelecimentos físicos, virtuais, portais e redes sociais. 

O racismo no varejo

Segundo pesquisa do Instituto Locomotiva, 71% da população negra afirmam ter visto outras pessoas negras sendo discriminadas em estabelecimentos comerciais como lojas, shoppings e supermercados.

E 69% das pessoas negras entrevistadas já foram seguidas por seguranças em lojas, número que sobe para 76% ao tratar somente de pessoas pretas.

“Nós gostaríamos de criar valor para os 5 C’s: os consumidores, colaboradores, clientes, a comunidade e, como resultado disso, a companhia. Nós só vamos criar valor para a companhia, se criamos valor para os outros C’s”, diz André Felicíssimo, presidente da P&G Brasil.

O executivo afirma que a companhia tem o compromisso e a responsabilidade de atuar no combate ao racismo em todos os ambientes sociais, assim como nos de varejo e consumo.  

“Da mesma forma que o Cria da Quebrada expandiu nosso impacto para a nossa rede de comunicação com a mídia, agora queremos expandir o nosso impacto com toda a rede de fornecedores e varejo. A P&G gostaria de convidar toda a cadeia de suprimento em que atua, nossos parceiros, fornecedores e clientes, a se juntar a nós no programa Racismo Zero”, comenta o executivo. “25% dos trabalhadores CLT do Brasil, trabalham hoje no varejo. Então, imagine o impacto na população se eles abraçarem a causa”, completa.

” Primeiro, é necessário reconhecer que o racismo existe e faz parte da nossa cultura, da linguagem, moldando ações que agridem a pessoa preta ou parda em sua dignidade em sua identidade. Após isso, é preciso agir. E não apenas para corrigir a sua própria maneira de pensar, mas também não aceitando a postura racista de quem quer que seja”, diz José Vicente, reitor da Universidade Zumbi dos Palmares.

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