Redes sociais convertem anúncios em vendas?
Pesquisa da CivicScience, divulgada pelo eMarketer, mostra que poucos consumidores americanos estão comprando após verem publicidade nas timelines
Pesquisa da CivicScience, divulgada pelo eMarketer, mostra que poucos consumidores americanos estão comprando após verem publicidade nas timelines
Luiz Gustavo Pacete
31 de agosto de 2017 - 8h01
Uma pesquisa divulgada no início da semana pelo eMarketer, feita pela CivicScience, mostrou que poucos consumidores americanos estão fazendo compras depois de verem um anúncio em uma rede social. O estudo recebeu, no primeiro semestre, respostas de 1909 pessoas acima de 13 anos que são ativas na internet e identificou que apenas 1% dos entrevistados fizeram uma compra com base em um anúncio no Snapchat e 4% disseram que compraram com base em publicidade vista no Instagram.
O Facebook concentra maior volume de conversão chegando a 16% e Twitter tem 2% de conversão. No geral, o estudo constatou que 45% dos entrevistados disseram que nunca compraram nada com base em anúncios. Rodrigo Tigre, sócio-diretor da RedMas, empresas de soluções de publicidade digital, acredita que as redes sociais “pegam” os usuários em momentos que nem sempre são os ideais para conversão. “São de 3 a 4 minutos que você usa para conversar e se atualizar dos amigos, ver fotos de celebridades e influenciadores. É um momento em que o foco está muito ligado ao conteúdo. Você até pode ver uma coisa interessante de um anunciante, mas acredito que o momento não é o ideal para se fazer uma venda”, explica Tigre.
Tigre ressalta, no entanto, que, para algumas situações pode fazer sentido a compra com base em um anúncio na timeline, mas não para todos. “Talvez quando pensamos em desktop é possível obter uma conversão melhor. De qualquer modo, acredito que depende muito do contexto em que o usuário está inserido e também o device que está utilizando nessa situação. ” Para Tigre, existe o mito de que por conta do alcance o Facebook é o lugar ideal para anunciar produtos e serviços com foco em conversão.
Para André Miceli, coordenador do MBA em digital da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a pesquisa faz um recorte de um número relevante, mas que já é considerado pelo mercado. “Durante muito tempo, as empresas de métricas entendiam que as taxas de conversão de 5% a 10% para redes sociais eram boas. Os números dessa pesquisa dos Estados Unidos estão próximos disso. E eu sempre achei uma taxa bastante alta se comparada ao e-mail marketing, por exemplo. Os números não são ruins, o mercado vive um momento de adequação”, ressalta Miceli. Ele reforça que a diferença está na relevância do anúncio que é entregue. “Continuo acreditando que redes sociais são importantes para o comércio eletrônico. Mas parte dessa conversão depende da qualidade do anúncio”
Compartilhe
Veja também
Edu Lyra: “Nossa luta é para que as empresas enxerguem as favelas com toda a sua potência”
Fundador da Gerando Falcões comenta o lançamento do livro “De Marte à Favela”, com Aline Midlej, e discorre sobre atual olhar das empresas sobre as favelas e as articulações junto ao terceiro setor
Copa do Mundo: Fifa anuncia os países-sede das edições de 2030 e 2034
Competição será dividida entre Espanha, Portugal e Marrocos, com jogos também na Argentina, Uruguai e Paraguai em 2030 e Arábia Saudita será a sede em 2034