Salários da economia criativa são maiores que a média nacional
Painel de Dados do Observatório da Fundação Itaú revela que profissionais ganham, em média, R$ 4,8 mil mensais, mas alerta para disparidades de gênero, raça e outros
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Meio & Mensagem
9 de abril de 2025 - 6h00
A economia criativa, que inclui os segmentos de moda, cinema, música, museus, arquitetura, entre outros, oferece salários maiores do que a média nacional.
É o que mostram informações do Painel de Dados do Observatório da Fundação Itaú, que avalia o emprego e a geração de renda no segmento. Os profissionais faturam R$ 4,8 mensais, quase o dobro dos R$ 3,2 mil que figuram a média do restante dos brasileiros.
Economia criativa engloba segmentos do audiovisual, da moda, música, arquitetura, entre outros (Crédito: Media Photos/Shutterstock)
Os resultados indicam, contudo, que ainda existem disparidades no setor. Por exemplo, mulheres negras recebem R$2,2 mil — em média, 69% menos que homens brancos, que ganham R$ 7,1 mil em cadeiras culturais e criativas. Já os homens pretos ganham R$ 4,1 mil e os pardos, R$ 4,5 mil.
O salário de mulheres brancas fica em R$ 4,1 mil, enquanto o das pardas, R$ 2,5 mil. Além disso, a participação de mulheres diminuiu, de 46% no terceiro trimestre de 2023 para 44% no mesmo período do ano seguinte. Enquanto isso, a quantidade de homens subiu para 56%, mesma porcentagem dos que se autodeclaram brancos, contra 54%. Do restante dos homens, 9% são pretos e 33% pardos.
Pessoas amarelas e indígenas, por exemplo, são 2% das empresas de economia criativa. Segundo a Fundação, o número se manteve estável em relação à análise de 2023.
O patamar de geração de empregos é o maior já registrado desde o início da série histórica do indicador, que teve início em 2012. Durante a análise, foram criados mais de 228 mil novos postos de trabalho, 3% a mais do que o mesmo período do ano anterior. São três trimestres seguidos de expansão.
O destaque vai para as artes cênicas, com uma alta de 109%, indicando para uma recuperação após queda entre o segundo e terceiro trimestres de 2023. Chamam a atenção, ainda, o mercado editorial, que gerou 17% mais empregos, design (+15%) e a publicidade (+10%).
Em contrapartida, a gastronomia foi o segmento mais registrou quedas, com 19% menos postos de trabalho. Na sequência, aparecem museus (-9%), cinema, rádio e TV (-9%), arquitetura (-9%) e museus e patrimônio (-9%).
Além disso, no terceiro trimestre de 2024, foi observado um aumento da informalidade em 7%, contra 2% do agregado da economia brasileira de maneira geral.
O estudo identificou, ainda, uma disparidade geográfica. São Paulo permanece na liderança, consolidando-se como o maior mercado da indústria criativa: o estado conta com 2,5 milhões de trabalhadores ativos. Apesar disso, o crescimento relativo de novos postos foi de 1%, abaixo da média nacional na análise do terceiro trimestre do ano passado.
Já em Roraima, a oferta subiu 37%, seguido de 21% em Sergipe. Mato Grosso, Pernambuco e Minas Gerais registraram 18% na alta de empregos. Destacam-se, ainda, Bahia (+15%), Ceará e Rondônia (+13%), Tocantins (+12%), Espírito Santo (+10%), Amapá (+9%), Goiás (+7%), Paraíba (+6%) e Amazonas (1%).
Quanto às quedas, Piauí teve 35% menos vagas, enquanto Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul tiveram menos 10% de ofertas, e o Acre, menos 8%. Demais estados obtiveram quedas menos expressivas, como o Maranhão (-3%), Mato Grosso do Sul (-2%), e Santa Catarina e Distrito Federal (-1%). O Rio de Janeiro se manteve estável.
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