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Shein expandirá marketplace para vendedores de mais estados

Em 2024, varejista estendeu o modelo para o Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná, e se prepara para atracar Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Espírito Santo e outros nos próximos meses


13 de fevereiro de 2025 - 8h58

No ano passado, a Shein anunciou a expansão de seu marketplace no Brasil com foco no Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná, depois de começar a estratégia junto a vendedores em São Paulo. Agora, em 2025, se prepara para alcançar vendedores de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Goiás e Distrito Federal.

shein

Felipe Feistler, general manager da Shein no Brasil (Crédito: Divulgação/Wanezza Soares)

O anúncio foi feito durante o Shein Media Day, realizado no escritório da companhia em São Paulo na última quarta-feira, 12. De acordo com Felipe Feistler, general manager da Shein no Brasil, o foco da varejista está na expansão nacional.

A decisão de começar a expansão por Santa Catarina – mirando Blumenau, Brusque, Florianópolis, Itajaí e Joinville – se deu pelo fato de o local já ser considerado um polo fashion local, além da proximidade com São Paulo como um facilitador de logística. A demora para avançar no estado, segundo Feistler, aconteceu devido ao do período de testes e altos custos para estar presente na região.

Além disso, segundo o executivo, a abordagem mais conservadora de avanço pelo território nacional em um primeiro momento foi pensado para criar adensamento logístico para a operação. “O Brasil é muito diverso e, para nós, é importante trazer uma moda dos estados para que as pessoas tenham acesso à moda de qualidade produzida mais próxima a sua cultura e de quem eles são”, justificou.

Marketplace local

O Brasil foi o primeiro a receber o marketplace da varejista asiática no mundo. Hoje, é um dos principais mercados para a companhia, com o modelo que já representa um benchmark para a operação global e responde por 60% das vendas locais junto a mais de 30 mil vendedores. A projeção é alcançar até 50 mil sellers até o final de 2025.

Ao todo, a Shein já investiu mais de US$ 300 milhões no mercado brasileiro, entre infraestrutura, marketing e facilidades ao consumidor, como cupons de frete grátis, entre outros, de acordo com o executivo.

O País também foi inédito em receber três modalidades que competem entre si: o cross border, 1P e 3P – e a meta é ter vendas combinadas de 1P e 3P representando 85% das vendas até 2026. A mesma porcentagem já representa a quantidade de itens de vestuário feminino, masculino e calçados produzidos localmente.

Concorrência e taxa das blusinhas

A categoria de moda tem tido recorrência nos marketplaces brasileiros. Players como Mercado Livre e Shopee vem investindo em escritórios próprios em polos estratégicos pelo Brasil a fim de dar suporte aos vendedores locais. Feistler apontou que a Shein encara o movimento como uma reação do mercado. “A indústria tem que trabalhar cada vez mais para trazer mais valor para os consumidores”, afirmou.

Além disso, a Shein foi uma das varejistas que se posicionou contra a taxa das blusinhas, à época em que foi sancionada, em agosto do ano passado, classificando-a como um “retrocesso”. Dados da Secretaria da Receita Federal indicaram uma queda de 11% em compras internacionais no ano passado em comparação com 2023, justificado pelo fim do programa Remessa Conforme e da imposição do imposto de 20% sobre as remessas cross border.

“O imposto, sim, tirou acesso de muitas pessoas a produtos que não existiam no mercado local, como inverno, da fronteira da moda global”, apontou o general manager, salientando o aumento do imposto para 22% a 23% somado ao ICMS. A taxação afetou, sobretudo, os consumidores das classes BCDE. “Nós mantemos nossa posição, até seguindo nossa missão de tornar a beleza da moda acessível a todos. O imposto diminui e até inviabiliza o acesso de classes sociais a produtos que elas tinham acesso, piora o sentimento dessa população”, complementou.

A aposta em estratégias voltadas ao marketplace é, justamente, um dos caminhos para escapar de impostos sobre produtos importados e flutuações cambiais. O executivo alega que a taxação foi um dos motivos do crescimento do modelo no País.

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