Show no metaverso fortalece marca da Lab Fantasma, avalia CEO
Além da apresentação de Emicida no Fortnite, marca lançou 1ª coleção de roupas internacional
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Caio Fulgêncio e Caio Fulgêncio
2 de maio de 2022 - 14h49
Um simples play e um marco histórico. Na última sexta-feira, 29, Emicida – em parceria com o Laboratório Fantasma – se tornou o primeiro artista brasileiro a se apresentar no metaverso, mais precisamente na Série Onda Sonora, do Fortnite. Simultaneamente ao show para jogadores do mundo todo, a marca lançou a primeira coleção global de roupas, vendida internacionalmente pelo e-commerce.
Na experiência, ao som de alguns sucessos, como Gueto, Triunfo e Levanta e Anda, o jogador percorre cenários relacionados à trajetória do rapper paulistano. Para Evandro Fióti, co-fundador e CEO da Lab Fantasma, a parceria com a Epic Games é histórica e fortalece a marca, existente há 13 anos no mercado com a proposta de criar narrativas multiplataforma por meio da valorização das vozes periféricas.
“É histórico em vários sentidos. É um show dentro do metaverso produzido por uma empresa 100% brasileira, que veio da periferia, gerida por pessoas negras e com a maioria de negros no seu desenvolvimento. Já estamos no futuro, exportando a cultura brasileira contemporânea através do que há de mais inovador, de um novo jeito, que possivelmente é como o entretenimento vai se expressar nos próximos anos”, comemorou.
Disruptiva, a Lab Fantasma nasceu em 2009, com o lançamento de uma mixtape de Emicida, irmão de Fióti e sócio da empresa. O CEO ressaltou que, ao projetar Emicida no cenário nacional em um momento de queda na venda de discos, a marca representou um “forte recado” para a indústria fonográfica sobre a necessidade de democratização de acesso.
“Na verdade, quando refletimos sobre o ambiente corporativo brasileiro, pensando também nos feitos da Laboratório Fantasma nos últimos 13 anos, vemos o quanto a não valorização da diversidade e da criatividade dentro dos espaços tradicionais fazem com que o Brasil ainda esteja atrasado”, falou.
No final das contas, segundo Fióti, o que importa é impactar a vida das pessoas. E isso só acontece quando os propósitos estão alinhados. “Infelizmente, poucas pessoas com o nosso fenótipo conseguem superar os obstáculos e chegar a determinados lugares. Não foi fácil chegar até aqui, como não é fácil cotidianamente, mas conseguimos criar uma comunidade que vê valor no que construímos. É isso que as marcas precisam fazer. Quando o nosso propósito de vida se conecta com o propósito da sociedade, conseguimos fazer as coisas com muita verdade”, acrescentou.
Diversidade nas corporações
Fióti afirmou que a pandemia da Covid-19 escancarou ainda mais as desigualdades de classe, raça e gênero no Brasil. Ela também foi uma das responsáveis por intensificar as discussões sobre diversidade nas empresas. Para o CEO da Lab Fantasma, isso foi um fator determinante para que o público consumidor brasileiro – de maioria negra – passasse a cobrar das marcas.
“Acredito que uniu um ativismo muito forte, principalmente das mulheres negras e das populações originárias, que lutam há muito tempo, ficando impossível ignorar esse grito. A análise que eu faço é que houve um avanço muito tímido diante da violência que nossos corpos ainda têm sofrido”, ressaltou.
De acordo com o empresário, é indispensável que haja a valorização da cultura e criatividade da periferia por parte das corporações tradicionais. No entanto, esse movimento não deve acontecer descolado de uma análise aprofundada, para que não ocorra a apropriação de um potencial sem que exista, de fato, a mudança de paradigmas.
“Respeito muito líderes negros que ocupam os espaços nas organizações tradicionais. Isso é fundamental, porque precisamos dessa ponte para parcerias relevantes. Mas, nesse momento, estrategicamente, eu acredito também no empreendedorismo. Criar outras estruturas é um passo primordial na nossa estratégia, construindo outras iniciativas, com outros valores desde o princípio”, finalizou Fióti.
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