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Telefônica e TIM querem adquirir fatia móvel da Oi

Ambas informaram, por fato relevante, à CVM negociações para a potencial aquisição, estimada em R$ 18 bilhões


11 de março de 2020 - 11h34

A Oi tinha 36,7 milhões (16,21%) de assinantes em janeiro e é quarta operadora em usuários, atrás da Vivo, Claro e TIM (Crédito: Reprodução)

A Telefônica Brasil, controladora da Vivo, e a TIM manifestaram, por meio de fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) o interesse de fazer uma oferta conjunta para adquirir a unidade móvel da Oi. Ficariam de fora da transação os demais ativos da tele. A Oi tem uma dívida de R$ 14 bilhões e a aquisição está estimada em R$ 18 bilhões. Dos 226,7 milhões de celulares ativados no País (dado de janeiro deste ano), a Oi tinha 36,7 milhões (16,21%), a Vivo 74,7 milhões (32,95%) e a TIM 53,8 milhões (23,76%). Se concretizado o negócio, as três terão, juntas, quase 73% de participação na telefonia móvel brasileira e mais de 165 milhões de celulares ativos.

A Telefônica e a TIM informam ao Bank of America Merril Lynch, que é o consultor financeiro da Oi nesta operação, o interesse em iniciar negociações para a fatia móvel da Oi. Se o negócio for concretizado, a Oi ficaria, ainda, com a operação de telefonia fixa, na qual é a que mais tem acessos ativos (pouco mais de 11 milhões de assinantes) e banda larga fixa (pouco mais de cinco milhões de assinantes).

Se o negócio se concretizar, significa mais um passo na consolidação da telefonia móvel do Brasil. No ano passado, a Claro/América Móvil adquiriu a operação da Nextel. Com a eventual aquisição da fatia móvel da Oi, o País ficaria com as três teles de capital estrangeiro — Claro (mexicana), Vivo (espanhola) e TIM (italiana) — no domínio do setor. A Oi é, ainda, a única tele majoritariamente nacional em operação. As demais teles móveis que operam em território brasileiro são a Algar (1,7 milhão de assinantes) e Sercomtel (530 mil).

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