Amanda Schnaider
18 de novembro de 2020 - 6h00
Em complemento a suas metas de sustentabilidade anunciadas há dez anos, muitas das quais sendo entregues agora, a Unilever anuncia, nesta quarta-feira, 18, a nova meta global “Alimentos do futuro”, que tem a missão de oferecer opções para os consumidores que queiram fazer a transição para dietas mais saudáveis e, ao mesmo tempo, reduzir o impacto ambiental de suas escolhas.
The Hive, centro de inovação em alimentos da Unilever na Universidade de Wageningen, na Holanda (crédito: Ossip)
Além de expandir para € 1 bilhão as vendas de carne à base de plantas e alternativas aos laticínios em um prazo de cinco a sete anos, a companhia também compromete-se em reduzir pela metade o desperdício de alimentos de toda a operação, das fábricas aos pontos de venda até 2025; dobrar o número de produtos com níveis positivos de nutrição em cinco anos; continuar reduzindo os níveis de calorias, sal e açúcar em todos os produtos; ter 85% do portfólio global de alimentos com menos sal até 2022; e diminuir o açúcar de 95% dos sorvetes para menos de 22g, e as calorias para menos 250 Kcal por porção, até 2025.
O lançamento da marca The Vegetarian Butcher, já à venda no Brasil, a aquisição da marca vegana Mãe da Terra, e o incremento do portfólio com opções veganas nas marcas Hellmann’s, Magnum e Ben&Jerry’s serão responsáveis por impulsionar esse compromisso. “A maneira como nos alimentamos hoje, o mundo não vai aguentar, as fontes de matéria-prima não vão aguentar até lá, então por isso vem esse movimento. Queremos sim causar esse impacto e não vai ser de uma hora para outra, mas precisamos começar”, afirma Rodrigo Visentini, diretor da categoria alimentos da Unilever Brasil.
As metas da Alimentos & Refrescos também contribuem com os compromissos mundiais da Unilever de alcançar uma cadeia de suprimentos sem desmatamento até 2023; investir € 1 bilhão em um novo Fundo de Clima e Natureza; e zerar as emissões líquidas para todos os produtos até 2039. A empresa também se comprometeu a garantir que 100% de suas embalagens plásticas sejam reutilizáveis, recicláveis ou compostáveis até 2025.
Para promover essas mudanças na alimentação da população mundial, a companhia está apostando em campanhas de conscientização para os consumidores. “Hoje, um terço do que é produzido no mundo de alimentos é jogado fora mundialmente, então, a Unilever quer encampar essa bandeira para reduzirmos e conscientizarmos a população de também não jogar fora. Vamos trabalhar utilizando as marcas para levar o propósito delas aos consumidores”, explica Visentini, citando o exemplo da campanha “Heróis da geladeira”, de Hellmann’s, que ensina receitas de como usar maionese nas sobras de comida e formar outros pratos para não desperdiçar comida.
Além das campanhas, em 2019, a Unilever investiu € 85 milhões no ‘The Hive’, centro de inovação em alimentos na Universidade de Wageningen, na Holanda, para apoiar a pesquisa de ingredientes vegetais e alternativas à carne, safras eficientes, embalagens de alimentos sustentáveis e alimentos nutritivos. “Esses compromissos da Unilever estão alinhados à questão científica e estudos recentes que estão sendo trazidos”, explica Fernanda Martins, gerente de engajamento externo para Nutrição da Unilever para América Latina, citando como exemplo, o report da comissão Eat Lancet, que indicou que as pessoas precisam de uma alimentação mais plant based, que traz mais nutrientes para a saúde e reduz o impacto no meio ambiente.
**Crédito da imagem no topo: Scott Warman/Unsplash