Venda de livros cresce 9,8% em 2011
Mesmo com a queda do preço médio em 6,11%, o faturamento do setor chegou a R$ 3,45 bilhões
Mesmo com a queda do preço médio em 6,11%, o faturamento do setor chegou a R$ 3,45 bilhões
Meio & Mensagem
11 de julho de 2012 - 1h27
A Câmara Brasileira do Livro (CBL) e o Sindicato dos Editores dos Livros (SNEL), juntamente com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe-USP), divulgaram nesta quarta-feira, 11, os dados da produção e das vendas do setor editorial brasileiro relativo ao ano de 2011. Segundo a pesquisa, o crescimento nominal do setor em 2011 foi de 7,36%, com um crescimento real de 0,81%.
O número de exemplares vendidos no mercado passou de 283 milhões, um crescimento de 9,8% em relação ao ano anterior. Considerando as vendas ao Governo, esse número chega a 13,7%. O setor faturou R$ 3,45 bilhões de reais no ano passado, registrando um aumento de 3% em relação à 2010, quando o faturamento foi de R$ 3,35 bilhões.
Em 2010 o número de títulos produzidos, entre reimpressões e lançamentos, foi de 54.754, enquanto em 2011 chegou a 58.192, registrando um aumento de 6,28%. O subsetor que mais produziu títulos em comparação ao ano anterior foi a categoria “obras gerais” com 8,84%, seguido dos livros religiosos com 7,58% e científicos, técnicos e religiosos com 7,35%.
O destaque da pesquisa foi a queda do preço médio em 6,11% de 2010 para 2011. A queda acumulada desde 2004 é de 21,8%. “As editoras estão disponibilizando livros mais baratos, mas não dá pra dizer com precisão quais os fatores que influenciaram essa queda”, afirma Leda Paulani, coordenadora da pesquisa. Sônia Machado Jardim, presidente do SNEL, diz que em algum momento essa queda do preço médio terá que se estabilizar.
A pesquisa aponta ainda que as livrarias – incluindo as versões virtuais – ainda são o canal mais importante de vendas com 44,9% da participação, seguido dos distribuidores com 23,5%. Houve uma queda significativa nas vendas porta-a-porta de 21,66% em 2010 para 9,07% em 2011.
Os e-books ainda representam um número pouco expressivo no faturamento do setor: cerca de R$ 869 mil. Em 2011, 5 235 títulos estavam à disposição em formatos digitais. “A oferta ainda é pequena, mas as editoras estão correndo atrás para melhorar esse nicho”, afirma Karine Pansa, presidente da CBL.
Amazon
Questionada sobre a influência da aguardada chegada da Amazon, maior varejista online mundial, ao mercado brasileiro, Karina disse que espera que a empresa ajude a aumentar o mercado e complementar a oferta nesse setor. “Tomara que ela não venha para desestabilizar o setor”, completa Sônia.
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