Vivo isenta Cris Duclos de responsabilidade
Empresa veio a público para negar qualquer irregularidade da ex-diretora
Empresa veio a público para negar qualquer irregularidade da ex-diretora
Meio & Mensagem
2 de janeiro de 2017 - 11h58
* atualizada às 11h45, do dia 3 de janeiro de 2017
A maior polêmica do ano passado no mercado corporativo brasileiro teve mais um capítulo nos últimos dias de 2016. Com um comunicado publicado no jornal Valor Econômico na edição de 27 de dezembro, a Vivo e a ex-diretora de imagem e comunicação da empresa, Cris Duclos, assinaram conjuntamente um texto no qual classificam como inverídicas as informações que circularam no noticiário ao longo do ano a respeito de supostas irregularidades na área de marketing da companhia.
Foi a primeira vez desde o início das polêmicas – que foram batizadas pelo mercado de “Caso Vivo” – que a companhia de telefonia defendeu a conduta e o profissionalismo de sua ex-executiva. Ao longos dos últimos meses, a Vivo não negou, de forma enfática, qualquer irregularidade nos departamentos de marketing e comunicação.
A publicação do comunicado no Valor Econômico foi uma vitória judicial de Cris Duclos e de seu marido, o publicitário Ricardo Chester. Em entrevista concedida ao Meio & Mensagem em setembro, Cris declarou que pleiteava um posicionamento formal da companhia em relação ao assunto, alegando que, embora tenha respondido ao questionamento da CVM, a empresa não haveria sido enfática em relação ao envolvimento de seu nome em supostos casos de desvios financeiros.
Em meio ao escândalo, Amos Genish deixou a presidência da Vivo, em outubro de 2016. Ele foi substituído por Eduardo Navarro. Entretanto, o caso ainda tem vários pontos obscuros, que permanecem, entre outros fatores, pelo enorme esforço feito pela Vivo para, até então, não ter se pronunciado oficialmente sobre o caso.
O primeiro ato da crise foi a demissão de Cris Duclos, em junho de 2016. Nos meses seguintes, diversas reportagens foram veiculadas relatando suposto caso de corrupção privada contra a tele, que teria sido praticado em conluio com agências e outros fornecedores de marketing, e com a participação de seu marido, o publicitário Ricardo Chester.
A publicação do comunicado foi a primeira vitória do casal no processo movido contra a Vivo desde que ambos passaram a ser assessorados pela Peixoto & Cury Advogados e pela Giusti Comunicação. Na mesma entrevista concedida ao Meio & Mensagem, Cris declarou que a manifestação pública da Vivo em relação ao seu caso era fundamental para provar sua inocência. “Meu objetivo é que sejam abertos os documentos, para provar que eu não fiz nada errado. Se existe alguma denúncia, alguma irregularidade, eu tenho o direito de saber para o contraditório. Se não houve nada, quero que a empresa se pronuncie. Eu sei que a empresa tem suas policies, mas a minha situação é atípica, não posso ter a minha carreira prejudicada. Essa história não foi encerrada, fica parecendo que foi abafada. Eu quero buscar a prova da minha inocência”, disse a executiva, em setembro.
Em contato com o Meio & Mensagem, a Telefonica Brasil negou qualquer relação entre a saída do CEO Amos Genish e a demissão de Cris Duclos. “Amos Genish pediu para desligar-se da companhia por razões pessoais depois de levar a Telefônica Brasil a concluir com sucesso a integração com a GVT, proporcionando sinergias acima das metas e estabelecendo uma cultura orientada a resultados e baseada em um sólido desempenho”, afirmou a empresa, em comunicado.
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