Yellow lança bike compartilhada sem estação
Empresa espera atingir um milhão e meio de usuários e distribuir 20 mil bicicletas até o final do ano na capital paulista
Empresa espera atingir um milhão e meio de usuários e distribuir 20 mil bicicletas até o final do ano na capital paulista
Thaís Monteiro
3 de agosto de 2018 - 18h35
Nesta semana, a empresa Yellow, formada pelos sócios Ariel Lambrecht (cofundador da 99Táxi), Eduardo Musa (ex-Caloi) e Renato Freitas (cofundador da 99Táxi), apresentou seu serviço de compartilhamentos de bikes aos paulistanos. Depois do planejamento de um ano e duas semanas em fase de teste com familiares e amigos, 500 modelos amarelos chegaram as ruas dos bairros de Pinheiros, Jardim Paulistano, Itaim-Bibi, Vila Olímpia e Largo da Batata.
Cada 15 minutos de uso equivalem a R$ 1 (crédito: Reprodução/Yellow)
O diferencial do serviço é o fato de que ele não tem estações fixas, como as bicicletas do Itaú, por exemplo. O usuário verifica onde há bicicletas disponíveis no aplicativo da Yellow, por meio de GPS, e depois de usá-la, pode estacionar o veículo em locais públicos onde é permitido e gratuito estacionar, em geral, inclusive vagas de carros.
A proposta da Yellow é que os usuários realizem viagens curtas, de 15 minutos, entre sua casa e o transporte público, ou durante o horário de almoço. Para efetuar a viagem, é necessário cadastrar um cartão de crédito no aplicativo do serviço que possibilita o destrave do veículo via QR Code. Uma viagem de 15 minutos equivale a R$ 1. O usuário também pode comprar pacotes de R$ 5 a R$ 40.
Um dos desafios para a empresa triunfar, de acordo com Luiz Felipe Marques, diretor de comunicação e marketing da empresa, é criar o hábito de ciclista. “Nem todos os usuários usam bicicleta em seu dia-a-dia, por isso temos que habituar os consumidores sobre regras básicas, como não andar na contramão, na calçada, usar capacete quando possível, estacionar em vagas adequadas. Queremos ser uma solução para a cidade e não um problema. Para isso estamos trabalhando com a prefeitura para criar ‘estações virtuais’ onde o ciclista pode estacionar. Elas estarão no GPS do app”, conta o executivo.
Outra solução encontrada pela startup é a gameficação, ainda em desenvolvimento. Conforme explica Ariel Lambrecht, cofundador da startup brasileira, a Yellow bonificará os usuários com descontos ou viagens de graça se denunciarem por foto bicicletas paradas em locais inadequados, peças com defeito ou quebrada, realizar o transporte de uma bicicleta que precisa ser deslocada do local onde está e outros. “Ele será beneficiado caso verificarmos que as denúncias estão certas. Se um usuário o fizer várias vezes apenas para ganhar o bônus, vamos suspender sua conta”, diz o cofundador.
A Yellow tem uma equipe de 30 funcionários circulando nas ruas para realizar a manutenção das bicicletas e a orientação dos usuários dentre outras atividades. “Chamamos eles de ‘Guardiões da Yellow’. Temos a maior equipe por bicicleta, são 30 para cuidar de 500. O benchmark é um para cada mil veículos. Até o final do ano teremos um para 200”, afirma Lambrecht. A empresa espera ter 20 mil bikes. “Temos três grandes objetivos como empresa: educar, adquirir novos usuários e estimular a frequência do uso de bikes”, esclarece Luiz.
Até o final do ano, além da marca de 20 mil bicicletas em circulação, a empresa projeta ter cerca de 1,5 milhão de downloads do app. Para atingir a meta da frota, a startup inicia, a a partir do dia 20, uma rotina de colocar nas ruas 1,5 mil bikes por semana. Depois da meta atingida, o plano é chegar a 100 mil bicicletas na cidade. “São Paulo precisa de cerca de 100 a 120 mil bicicletas, então acreditamos que é possível chegar a esse número”, diz Ariel.A expansão não se limita a capital paulista. De acordo com o executivo, a equipe está atenta aos pedidos vindos de outras cidades no País. “Escolhemos São Paulo porque é uma cidade gigantesca, tem demanda — em média, são cinco milhões de pessoas que fazem uso desse tipo de serviço — e teve uma movimentação para acolher ciclistas. Mas temos interesse em outras cidades, estamos estudando”. Ao contrário de aplicativos de transporte como o Uber, em que em dias de grande procura os preços aumentam, essa alteração não chegou ainda à Yellow, mas Lambrecht diz que essa é uma alternativa para quando ocorrer falta de bicicletas em algumas regiões.
O modelo de negócios da Yellow, por ora, se limita ao aluguel do produto. Para o futuro, Marques, diz estar em negociação com grandes empresas para firmar acordos para o fornecimento das bicicletas à funcionários, por exemplo. “O legal da Yellow e do nosso serviço são os benefícios que a corrida oferece e isso é interessante para grandes empresas e funcionários que querem estar atrelados à iniciativa. Sabemos que não somos uma empresa de mídia, mas temos trabalhado parcerias dentro de limites. Por exemplo, não vamos encher a bicicleta de anúncios para manter a Yellow sobreposta”, diz o executivo.
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