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A corrida do setor de alimentos pela conexão com os consumidores

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A corrida do setor de alimentos pela conexão com os consumidores

No palco do Maximídia, Ionah Kochen, vice-presidente de marketing e comunicação da Nestlé, e Rodrigo Visentini, líder da divisão de nutrição da Unilever Brasil, falaram sobre as transformações na indústria


4 de outubro de 2023 - 14h54

Mudanças de hábitos de alimentação, aumento da atenção à saúde e bem-estar, múltiplos pontos de contatos. Nos últimos anos, as marcas da indústria de alimentos têm intensificado os investimentos e capacidades estratégicas na construção de conexão e cultura junto aos consumidores. O tema foi discutido nesta quarta-feira, 4, no palco do Maximídia 2023, na trilha The Next CMO.

Líderes de marketing da Nestlé e da Unilever falaram no palco do Maximídia 2023 sobre as mudanças do setor de alimentos (Crédito: Eduardo Lopes/Imagem Paulista)

Líderes de marketing da Nestlé e da Unilever falaram no palco do Maximídia 2023 sobre as mudanças do setor de alimentos (Crédito: Eduardo Lopes/Imagem Paulista)

Uma das debatedoras, Ionah Kochen, vice-presidente de marketing e comunicação da Nestlé, contou que, nesse contexto, o tamanho do portfólio faz diferença. Assim, para o marketing, os esforços se voltam analisar os comportamentos para entender como as pessoas têm se conectado com os alimentos.

“Temos um portfólio de produtos que abrange todas as fases da vida, desde a decisão das mulheres pela gravidez até o envelhecimento saudável, e tem sido interessante estar atento a todas as tendências. Cultura, conexão e engajamento dos consumidores passar por isso”, comentou.

O líder da divisão de nutrição da Unilever Brasil, Rodrigo Visentini, analisou que, na realidade atual, o consumidor está cada vez mais consciente, buscando saudabilidade e sustentabilidade. “Está mais criterioso nos ingredientes que vai consumidor, olhando a fundo essas informações. Por isso, tentamos oferecer alimentos mais saudáveis, sem perder a indulgência”, ressaltou.

Alimentos saudáveis e marca

Nas tendências, Ionah considerou que, hoje, no consumo, houve a substituição da busca pelo exclusivo e perfeito no consumo por uma noção de equilíbrio e isso se reflete nos hábitos alimentares. “Temos um portfólio importante que endereça a indulgência, que é a parte de chocolates, mas temos outro tão importante que é o da nutrição. Criamos produtos e experiências que endereçam para o bem-estar holístico”, disse a liderança da Nestlé.

Na Unilever, existem metas específicas de redução pela metade de sal, gordura e açúcar até 2025 em todos os produtos. Para Visentini, a principal diretriz diz respeito aos ingredientes. “Muito mais do que classificar se o produto é ou não saudável, é a qualidade dos ingredientes que nos faz pensar na saudabilidade da organização”, incluiu.

E o marketing, segundo os gestores, se torna uma importante interface de inovação, devido ao contato mais próximos dos compradores. Ou seja, a aproximação ocorre tanto em projetos físicos quanto em estratégias no ambiente online, com o foco de fomentar a construção de comunidades. “É onde conseguimos capturar os insights, tanto nas plataformas digitais quanto nas presenciais”, acrescentou Ionah.

Força da marca

As discussões ao redor da saudabilidade também estão relacionadas, conforme os debatedores, ao próprio desenvolvimento das pautas ESG no setor. Dos processos de produção ao apoio a iniciativas de impacto social, o impacto das redes sociais faz, inclusive, que as pessoas tenham mais acesso aos bastidores das marcas.

“Um bom alimento é aquele que devolve para a natureza mais do que ele retira. Além disso, hoje, você não vende mais um produto pelo que ele é, mas pela causa que ele carrega”, explicou a vice-presidente de marketing e comunicação da Nestlé.

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