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As estratégias da Cimed para conquistar territórios no mercado do Brasil

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As estratégias da Cimed para conquistar territórios no mercado do Brasil

João Adibe, CEO da farmacêutica, falou sobre os planos de inserção em novas categorias no palco do Maximídia 2023


3 de outubro de 2023 - 16h57

Conquistar espaço entre os concorrentes e explorar novas categorias. São esses os dois componentes centrais que integram a estratégia de crescimento da Cimed no mercado nacional. João Abide, CEO da farmacêutica, foi o primeiro entrevistado no Papo de CEO, na tarde desta terça-feira, 3, primeiro dia de Maximídia 2023.

João Abide, CEO da Cimed, no Maximídia 2023

João Abide, CEO da Cimed, participou do Papo de CEO, no primeiro dia de Maximídia 2023 (Crédito: Eduardo Lopes/Imagem Paulista)

Hoje, a Cimed representa 12% de todas as caixas de medicamentos que são vendidas no País, o que corresponde a aproximadamente 600 milhões itens por ano. Segundo o presidente, o tamanho dessa operação – que se reflete, obviamente, no faturamento (R$ 2 bilhões em 2022, com projeção de R$ 3 bi no final deste ano) é explicado no próprio modelo de negócio.

“Desde 1990, comecei a montar uma cadeia de verticalização, que tem uma base de distribuição em todos os estados do Brasil”, afirmou. Esse investimento responde diretamente à forte pulverização do setor, formado por em torno de 90 mil farmácias, sendo que 70 mil são independentes.

“Por meio dessa cadeia, consigo atender esse microempreendedor. Hoje, por meio dessa estrutura, atendo 98% dos pontos de venda do Brasil. E a verticalização entra também dentro do processo fabril, com todo o material gráfico, caixas, cartuchos e bulas. Montamos as estruturas para que ganhar velocidade, agilidade e custo”, acrescentou.

Abide completa que a cadeia garante retorno, sobretudo, com os medicamentos genéricos. “A nossa grande arma é o genérico, que é um commodity. Sendo assim, para ter escala, preciso que de estrutura para poder ganhar margem”, ressaltou.

Marca Cimed

Outra forma de nadar contra a corrente, de acordo com o CEO, foi o investimento na construção de uma marca farmacêutica forte, reconhecida pelos brasileiros. Em outras palavras, diferente de como o mercado costuma fazer, a Cimed, desde 2017, promove a próprio nome, acima dos produtos que produz.

A inspiração veio de marcas multinacionais do próprio e de outros setores, com Bayer e Natura. “Decidimos olhar para esses exemplos para transformar a Cimed em uma branding farmacêutico e criar essa transformação. “Agora, em 2023, o consumidor já entende quem somos”, contou.

Um dos frutos desses movimentos é a inserção da marca em outras categorias, como a de beleza. Estrategicamente, a farmacêutica se utiliza das certificações conquistadas a partir das regulamentações do setor para explorar bens de consumo, com os mesmos níveis de qualidade.

“Conseguimos crescer porque sabemos trabalhar com os pequenos empreendedores. As farmácias de bairro vendem muito medicamente e pouco salão de loja. Por causa da nossa estrutura, conseguimos dar acesso e crédito a esse empreendedor nesses bens de consumo. Ou seja, avançamos por causa da nossa cadeia e por termos o B2B muito forte, com força de vendas exclusivas”, ressaltou.

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